Mostrando postagens com marcador Informação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Informação. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Tocando música para mudar

Playing For Change Foundation (PFCF) tem como objetivo conectar e mudar o mundo através da música, providenciando local, instrumentos, programas educacionais, entre outros, para músicos em diferentes partes do mundo, além de apoiar projetos inspirados nas comunidades apresentadas no documentário Playing For Change. A gravação foi feita com artistas desconhecidos, de vários países, em momentos e lugares distintos. A música que você ouve, na realidade é uma colagem das várias gravações.

A Fundação está construindo uma escola em Gugulethu na África do Sul, um gueto onde os jovens terão acesso a música, informação e tecnologia podendo assim transformar suas vidas através da música.

Em Dharamsala na Índia e em Kathmandu no Nepal, a Fundação está reconstruindo os centros para refugiados Tibetanos.

Em conjunto com o poeta sul africano Lesego Rampolokeng e Bobby Rodwell, a Fuandação trabalha na construção do Mehlo Arts Center em Johannesburgo na África do Sul. O centro de artes será uma escola para futuros escritores da área de Johannesburgo e Soweto.

A comunidade do The Playing For Change é formada por artistas e pessoas que resolveram unir-se através da música e assim teem a oportunidade de colaborar com pessoas da sua vizinhança e de outros pontos no mundo.Ele é uma peça publicitária da campanha ou movimento Playing for Change, (Tocando música para Mudar).




A canção começa com “Não importa quem você é, não importa onde você vá na vida...” e, embora seja a famosa “Stand by Me”, é o mesmo motivo pelo qual crio este post, com um vídeo que considero motivacional. Desejo que você se motive a sentir-se seguro, confiante e acompanhado.

A citada “Stand by Me” (ou esteja / fique comigo) lembra: “Quando a noite tiver chegado, e a terra estiver escura, a lua for a única luz que veremos; não, eu não terei medo. Desde que você fique comigo.” É uma canção de amor, mas serve perfeitamente aos propósitos motivacionais em relação a outros sentimentos nossos. O medo, o desamparo, a insegurança, muitas vezes, somem, desaparecem simplesmente porque temos perto de nós aquelas pessoas muito especiais, capazes de fazer a diferença entre o claro e o escuro, entre a luz do dia ensolarado e o negrume profundo na noite de tempestade.

Desejo que este vídeo possa gerar em vocês, motivação suficiente para, se não mudar o mundo, mudar seu dia para muito melhor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

7 lições de ouro de Steve Jobs



Por Marcus Lopes

A inovação só conhece um limite: a imaginação. Quem quiser ganhar um lugar de destaque tem que pensar de forma original, além dos quatro cantos do seu escritório

Criativo, inovador, perfeccionista ao extremo e com um instinto de marketing digno de um pop-star, cada discurso de Steve Jobs é esperado como um grande evento de cultura pop. Algumas de suas lições já entraram para a história:

1. “A inovação define líderes e seguidores”

A inovação só conhece um limite: a imaginação. Quem quiser ganhar um lugar de destaque tem que pensar de forma original, além dos quatro cantos do seu escritório. A inovação não precisa ser tecnológica, pode ser um novo meio de fazer as coisas, com mais simplicidade e eficiência, uma abordagem diferente em relação ao cliente, uma linha de design mais elegante.

2. “Seja um fanático pela qualidade. A maioria das pessoas não está acostumada a um ambiente onde a excelência é a regra”.

A excelência não admite atalhos. Para alcançá-la, além de estabelecê-la como prioridade, terá que empenhar tempo, talento, habilidades e dinheiro para alcançar aqueles dois passos a mais, que fazem toda a diferença.

3. “A única maneira de fazer um grande trabalho é amar o que você faz. Se você ainda não encontrou o trabalho que preenche seus sonhos, não se acomode. Com todas as forças do seu coração, saberá quando encontrar”.

Felicidade, sucesso e excelência se alcançam por quatro palavras: ‘faça o que ama’. Encontre a profissão que lhe dê um senso de profundo significado, direção e satisfação na vida, o que contribuirá não apenas para sua saúde e longevidade, mas também na maneira como vai enfrentar os tempos difíceis, quando vierem.

4. ‘Um conceito do budismo é ‘uma mente aprendiz’. É maravilhoso ter uma mente aprendiz’.

Uma mente aprendiz vê as coisas como são, e num relance pode perceber o significado real de atos e pessoas. Desenvolver uma mente aprendiz inclui observar o mundo e as coisas livre de preconceitos, julgamentos e fórmulas prontas, como uma criança que descobre o ambiente ao seu redor cheio de curiosidade e êxtase.

Sabe aquelas perguntas óbvias que as crianças fazem que não conseguimos responder? Aí está a mente aprendiz.



5. “Eu sou a única pessoa que eu conheço que perdeu 250 MILHÕES DE DÓLARES em um ano. É o tipo de coisa que molda um caráter”.

Não confunda cometer erros com ser um erro. Não há pessoa de sucesso que não tenha cometido erros na vida, e as que tiveram mais sucesso foram as que arriscaram mais, cometeram mais erros, aprenderam com eles e melhoraram sua performance. Steve Jobs, assim como Michael Jordan, seguiram este caminho.

Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção.

6. “Nós existimos para deixar uma marca no universo. De outra maneira, por que estaríamos aqui?”

Você já percebeu que temos coisas imensas a alcançar nesta vida, e estas conquistas futuras acabam sob o pó da rotina enquanto nos servimos mais uma xícara de café e nos enrolamos com nossas pequenas burocracias?

7. “Nosso tempo de vida é limitado, não gaste-o vivendo a vida de outras pessoas”.


Não fique preso a dogmas, não deixe o ruído de outras pessoas vencer sua voz interior e, mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e intuição que, em algum nível, já conhecem a verdade. Todo o resto é secundário.

Você já cansou de viver os projetos e sonhos de outras pessoas? É da nossa vida de que estamos falando, e temos todo o direito de definir e percorrer nosso caminho individual, sem os grilhões ou sutis barreiras criadas por outras pessoas.

É preciso se dar a chance de nutrir suas qualidade criativas, livre de pressões e medos que, na maior parte das vezes, nós mesmos construímos ao nosso próprio redor.



Agora, que tal desligar o iPod e pensar nos seus sonhos?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O sentido do tempo

Nosso cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas.



Cada um de nós possui uma espécie de relógio interno que determina, por exemplo, a agilidade com que digitamos as teclas de um computador, a cadência da fala ou a velocidade com que um pianista converte uma partitura em som. Em todos esses casos o cérebro recebe e interpreta informações com um ritmo particular, com base em referências mais ou menos realistas.


Um teste simples permite observar como essa ritmicidade varia de indivíduo para indivíduo: peça para uma pessoa tamborilar as teclas de um piano usando apenas o dedo médio, primeiro de forma “rápida” (três batidas por segundo) e, depois, de um jeito mais “lento” (uma batida por segundo). Em seguida, oriente outra pessoa a fazer esse mesmo exercício: apesar da instrução de quantos toques devem ser dados por segundo, ela certamente baterá nas teclas do instrumento de forma antecipada ou retardada em relação à outra.


Ambas nada mais fizeram do que distribuir as batidas de acordo com sua percepção do que são três ou um toque por segundo. Essa individualidade na forma de medir o tempo já havia sido descrita pelo fisiologista alemão Ernst Weber na primeira metade do século 19. Ele observou que todos temos uma escala de tempo similar, mas que invariavelmente pende para mais breve ou mais longa.

odemos descrever essa escala de tempo como uma espécie de régua de borracha que pode ser afrouxada ou esticada para abarcar cada intervalo de tempo, de segundos a dias. Os "números" da régua não fornecem uma medida objetiva, mas "elástica", relativa. O “erro” de medição é proporcional a cada ritmo particular. Por exemplo, uma aceleração ou um retardamento de 10% se aplica tanto a curtos intervalos de tempo (segundos) como a longos períodos (horas ou dias), o que sugere a presença do relógio interno e impreciso que regula nosso cérebro.



Estudos feitos com doentes de Parkinson têm ajudado a desvendar os mecanismos neurais subjacentes à forma de avaliar o tempo. O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que, em estágio avançado, atinge os gânglios da base, estrutura neural que tem a dopamina como neutransmissor e está associada a funções como controle motor e cognição. Os principais sintomas do distúrbio são, portanto, problemas de motricidade (rigidez muscular, tremores, dificuldades para realizar movimentos) e de memória.


O Parkinson apresenta, no entanto, um aspecto que, apesar de conhecido, é considerado secundário pelos clínicos: a distorção do sentido de tempo. Pessoas com a doença tendem a subestimar espaços de tempo inferiores a meio segundo e a superestimar períodos um pouco mais longos, de 30 segundos até um minuto. Ou seja, experimentam perda de precisão na estimativa de tempo, o que leva a uma desaceleração da maior parte das ações. Isto não envolve apenas dificuldades em executar movimentos, mas também uma percepção deturpada do mundo ao redor. Essa distorção pode ser corrigida com a administração de precursores de dopamina, que regularizam o funcionamento dos neurônios dos gânglios da base. Quando os níveis desse neurotransmissor estão normalizados, os espaços de tempo curtos se tornam mais longos e vice-versa. Dessa forma, a percepção do tempo vai encaixar-se novamente na descrição de Weber.

Alberto Oliverio psicobiólogo, é diretor do Centro de Neurobiologia da Universidade La Sapienza, na Itália.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Império pirata



Partido político, ativistas digitais desafiando a lei e até uma estranha seita religiosa... Conheça a revolução influenciada pelos suecos revolucionários do The Pirate Bay que visa difundir o livre compartilhamento pelo mundo.
por Tiago Cordeiro


Não roubarás. “Copiarás.” É assim, com um único mandamento, que uma nova seita criada na pequena cidade de Uppsala, a 70 km da de Estocolmo, capital da Suécia, planeja conquistar fiéis pelo mundo. Mas quem passar por lá não verá sede, nem santos. Os adeptos da Igreja Missionária do Kopismo fazem tudo pela internet. Eles se reúnem em salas virtuais para compartilhar cópias de textos, músicas e vídeos. Lá, debatem lemas como “o software pago é comparável à escravidão”, entre outros lemas libertários sobre tecnologia. Os cultos, fechados, são conduzidos pelo seu fundador, o estudante de filosofia Isaac Gerson, de 19 anos, que prega o livre compartilhamento como algo sagrado. Nenhum deles compra livros, CDs ou DVDs, nem utiliza programas como Windows ou iTunes. Usam o sistema aberto Linux nos computadores e, para justificar os atos fora da lei, costumam afirmar que impedir a comunhão da cultura, ou cobrar por ela, é inaceitável. “Somos contrários a qualquer tipo de controle da informação. Ninguém tem o direito de dizer às pessoas o que ler, ouvir ou ver”, afirma Gerson, que, em maio deste ano, enviou ao governo sueco uma petição para que o Kopismo se torne de fato uma igreja reconhecida.

Por enquanto, para quem está de fora, a seita parece uma brincadeira. Exatamente como aconteceu com a principal influência do grupo, o site de torrents The Pirate Bay, também da Suécia. Fundado em 2003 por 3 garotos de 20 e poucos anos que queriam compartilhar arquivos sem pagar nada por isso, se transformou, quase sem querer, num marco da cultura do grátis na internet. Gottfrid Svartholm, Fredrik Neij e Peter Sunde, seus fundadores, viraram símbolos de uma geração que tem acesso à cultura como nenhuma outra na história, pela internet, e fazem tudo por esse direito. Se você hoje vê um seriado americano no dia seguinte que ele passa na TV, deve agradecer a eles. Nos últimos anos, o site inspirou milhares de blogs, partidos políticos na Europa que já se espalham pelo mundo e grupos de hackers, ativistas e acadêmicos. Uma nova religião é apenas mais uma amostra dessa ideologia de liberdade do barco pirata virtual.

DA CADEIA AO PALANQUE

Quem vê o trio que criou o The Pirate Bay pelas ruas de Estocolmo talvez não imagine o que o grupo foi capaz de causar na economia e na política mundial. Pouco sociáveis, nenhum deles usa terno: Gottfrid Svartholm, hoje com 26 anos, é um engenheiro da computação que cultiva um cavanhaque de 15 centímetros de comprimento e só usa camisetas pretas de bandas de rock; Fredrik Neij, 33, é um tímido programador que nunca gostou de aparecer; e Peter Sunde, 32, é um especialista de TI e relações-públicas com cara de bom moço que sempre está viajando pelo mundo para conhecer novos lugares.

No começo, toda a estrutura do The Pirate Bay ficava dentro de um quarto. Depois de perceberem o alcance, os garotos investiram num escritório em Estocolmo e em servidores de peso espalhados pelo mundo. “Nossa proposta era inovadora na época: criar um ambiente onde os internautas pudessem explorar, sem limites, toda a liberdade que a internet proporciona”, diz Sunde. O site hoje tem 25 milhões de frequentadores recorrentes e 4 milhões de usuários registrados. O cálculo do prejuízo que ele já gerou também é estrondoso. Segundo números da associação de gravadoras RIAA (Recording Industry Association of America), o Pirate Bay é o maior responsável pelos US$ 7 bilhões anuais que a indústria do entretenimento perde por causa dos downloads ilegais.

Como era de se esperar, o crescimento do The Pirate Bay causou forte resistência por parte dos grupos comerciais. A mando de entidades que representavam gravadoras e estúdios de cinema, a primeira ocupação policial na sede do site ocorreu em 2006. Daí em diante foram centenas de ameaças processuais vindas de todo o mundo. Em abril de 2009, pouco antes do lançamento daquele que seria o filme mais baixado por torrent do ano, Star Trek, os 3 acabaram condenados a um ano de cadeia e ao pagamento de uma multa de US$ 4,2 milhões. Depois de comprovar que o juiz Tomas Norström (o mesmo que autorizou a ação policial de 2006) era integrante de dois grupos antipirataria, eles recorreram da sentença, e, em novembro passado, a pena foi retirada.

Enquanto a briga se estendia pelos tribunais, o ideal de livre compartilhamento e de luta contra a propriedade intelectual ganhou proporção global. A maior influência ocorreu na formação do Partido Pirata, em 2006. Hoje ele já é o maior da Suécia em número de afiliados e, em 2009, elegeu 2 deputados para o Parlamento Europeu. Pelo mundo, outros 22 países contam com representação oficial. A versão alemã, a mais popular, possui 48 cargos locais. Outros 30 países contam com agremiações piratas não-registradas, incluindo o Partido Pirata do Brasil (PPBr), que quer se formalizar até outubro deste ano e concorrer às eleições municipais em 2012. Com a ideologia de “difusão total de conhecimento”, os piratas da política planejam democratizar o acesso à cultura nos mundos online e físico. “As leis que regulam a propriedade intelectual perderam a função original de estimular inovação: servem apenas a interesses econômicos”, diz Luiz Felipe Cruz, integrante do PPBr, que ainda não tem presidente.

Até políticos tradicionais tentaram tirar uma casquinha. Quando Sunde visitou o Brasil para participar do Fórum Internacional de Software Livre, em 2009, o nosso então presidente lhe ofereceu asilo político. “Lula me procurou para dizer que, se eu estivesse ameaçado de prisão na Suécia, poderia viver no Brasil, porque os dois países não têm acordo de extradição”, conta o pirata.
Esta ideologia de liberdade total impulsionada pelos suecos, no entanto, pode servir para atos de gosto questionável. Retrato disso foi a polêmica de setembro de 2008, quando surgiu no The Pirate Bay um link com fotos da autópsia de duas crianças assassinadas. O pai, Nicklas Jangestig, pediu desesperadamente que o torrent fosse removido. Seguindo o princípio radical de que absolutamente toda informação é livre, o The Pirate Bay se recusou a retirar o link, assim como não aceitou tirar do ar a conexão com um site norte-americano de pedofilia. A polêmica fez com que o número de downloads das fotos chegasse a 50 mil por dia. “Não é nosso trabalho julgar se é ético ou antiético o que outras pessoas querem postar e baixar na internet”, diz Sunde.


Piratas da política: inspirados na luta do Pirate Bay pela internet livre e pela cultura gratuita, o Partido Pirata, criado na Suécia, já conta com representações em 52 países, incluindo o Brasil


CONTRA TUDO E TODOS


“O argumento de que a cultura do The Pirate Bay defende a democratização da informação é uma falácia. Todo o material que eles disponibilizam existe por vias legais, basta que o consumidor seja honesto e pague a seus autores”, diz Tim Kuik, diretor da organização holandesa BREIN, que se dedica a caçar piratas. Com o fim do processo judicial de 2009 e a nova administração, a guerra contra o The Pirate Bay e todos os sites de torrent parece ter se intensificado. Em maio deste ano, chegou ao Senado americano o Protect IP Act, um projeto de lei que facilita a retirada do ar de todo e qualquer site que veicule material sem direitos autorais.

Mas para o jornalista Anders Rydell, autor de Piraterna, sem edição no Brasil, livro sobre o movimento pirata sueco, o esforço de remover os arquivos ou criar uma legislação para impedir a troca de arquivos online é inútil. “A cultura do torrent é maior do que qualquer site”, diz Rydell. A solução para a indústria, afirma, é oferecer produtos com recursos extras, além de melhor qualidade e preço acessível. Do contrário, farão crescer o sentimento de “mártires digitais” entre quem baixa músicas e filmes pela internet.

O professor de Arte e Tecnologia, David Darts, da Escola de Cultura de Steinhardt, em Nova York, faz parte do grupo de teóricos que acredita que os benefícios da cultura pirata são maiores que os malefícios. Tanto é que ele elaborou, em 2010, a Pirate Box, uma caixinha portátil com roteador que cria um servidor anônimo para seus alunos compartilharem os arquivos que quiserem na sala de aula. Desenvolvida de forma aberta, ela pode ser aperfeiçoada e comprada por qualquer pessoa por 100 dólares. ”Para mim, o que as pessoas chamam de pirataria é apenas uma forma muito satisfatória de compartilhar cultura”, afirma.

De escolas a congressos, o barco pirata, ao que parece, já conquistou o mundo. Se a partir de agora eles se tornarão heróis ou vilões, é difícil prever. O que sabemos é que, por meio da batalha deles com a indústria, mudamos nossa concepção de consumir cultura. E é o resultado desta briga que dirá como ouviremos músicas e assistiremos a filmes no futuro.

Fonte: Revista Época edição 242

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Steve Jobs buscou orientação espiritual antes de fundar a apple

Difícil de compreender, duro de trabalhar e tido como insubstituível por muitos fãs e investidores da Apple, Steve Jobs tem levado a vida desafiando expectativas e convenções.

Publicado originalmente na Folha



E apesar de anos demonstrando sinais de saúde fragilizada, sua renúncia da presidência-executiva da Apple foi manchete no mundo inteiro, com todos imaginando o futuro de um ícone e da companhia que ele simboliza.

“Steve Jobs é o presidente-executivo mais bem-sucedido do mundo corporativo dos Estados Unidos dos últimos 25 anos”, disse o chairman do Google, Eric Schmidt, que era membro do Conselho da Apple mas renunciou devido a conflito de interesses. “De maneira única ele combinou um toque de artista com uma visão de engenheiro para erguer uma companhia extraordinária, é um dos maiores líderes da história dos EUA”, acrescentou em comunicado.
Arte/Folha

Jobs abandonou os estudos e foi para a Índia em busca de orientação espiritual antes de fundar a Apple –nome que ele sugeriu a seu amigo e co-fundador da empresa Steve Wozniak após ter visitado uma comunidade no Estado norte-americano do Oregon, a qual ele se referiu como “um pomar de maçãs”.

Com sua paixão por design minimalista e marketing genioso, Jobs mudou o curso da computação pessoal e transformou o mercado da comunicação móvel.

O dispositivo de música iPod, o iPhone –chamado de “telefone de Jesus” por seus “religiosos” seguidores– e o tablet iPad são criações de um homem conhecido por seu quase obsessivo controle pelo processo de desenvolvimento de produtos.

“A maioria dos meros mortais não pode entender uma pessoa como Steve Jobs”, disse o ex-funcionário da Apple Guy Kawasaki. “Ele tem um sistema operacional diferente.”



Carismático, visionário, implacável, perfeccionista, ditador –essas são algumas das palavras que as pessoas usam para descrever a figura de Jobs, que pode ser o maior sonhador que o mundo da tecnologia já viu, mas também um exímio empresário e negociador.

“Steve Jobs é um gênio do mundo dos negócios da nossa geração”, disse recentemente a ex-presidente do eBay Meg Whitman.

Bill Gates, co-fundador da Microsoft, tem chamado Jobs de a pessoa mais inspiradora da indústria tecnológica e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o classifica como a personificação do “American Dream”.

É difícil de imaginar, mas rejeição, fracasso e má sorte também fazem parte da história de Jobs.

Jobs foi abandonado ao nascer, retirado da Apple em meados da década dos anos 1980 e enfrentou um câncer quando finalmente voltou ao topo. Sua renúncia como presidente-executivo, anunciada na quarta-feira, vem em uma idade relativamente jovem de 55 anos.

“Eu sempre disse que, se houvesse um dia em que eu não pudesse mais cumprir meus deveres e atender às expectativas como presidente-executivo da Apple, eu seria o primeiro a informá-los. Infelizmente, esse dia chegou”, escreveu Jobs em curta carta.

Uma fonte próxima a Jobs disse que ele pretende continuar na ativa com seu novo posto de chairman da Apple.

Jobs foi adotado e cresceu com uma família do Vale do Silício, celeiro de empresas de defesa e de tecnologia de ponta.

Seu amigo Bill Fernandez apresentou Jobs ao então novo engenheiro Wozniak, e os dois Steves começaram uma amizade que culminou no nascimento da Apple Computer.

“Woz é um engenheiro brilhante, mas não é um empreendedor, e aí que Jobs aparece”, comentou Fernandez, que foi o primeiro empregado da Apple.

DUAS TENTATIVAS

Jobs criou a Apple duas vezes: quando fundou a companhia e de novo quando voltou ao comando da empresa para salvá-la. A Apple agora rivaliza com a petrolífera Exxon Mobil pelo posto de companhia aberta mais valiosa com ações negociadas em Bolsa nos EUA.

Jobs deixou a Apple em 1985 depois de uma disputa com o então presidente-executivo da empresa John Sculley sobre o direcionamento estratégico da companhia.

Ele voltou para a Apple cerca de uma década depois, trabalhando como consultor. Logo ele estava no comando, para o que é conhecido como o segundo ato de Jobs.

Jobs já reinventou o mundo da tecnologia por quatro ou cinco vezes, primeiro com o Apple II, um computador pessoal nos anos 1970; então nos anos 1980 com o Macintosh; com o iPod em 2001; o iPhone em 2007; e o iPad em 2010, que um ano depois do lançamento superou o Macintosh em vendas.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Respeito com o consumidor

ATENÇÃO ESSE É P/ VC QUE TRABALHA COM O PUBLICO!!!

Discurso de Sam Walton, fundador do WAL-MART, fazendo a abertura de um programa de treinamento para seus funcionários:



Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os vendedores terminam suas conversas particulares.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina, mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu jornal.

Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de uma peça, mas não reclama quando a recebe após três semanas somente.



Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial,parece estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas ser notado.

Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranqüilamente que as recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e espera pacientemente enquanto os funcionários trocam idéias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo que nunca cria problemas. Engana-se. Sabe quem eu sou???????


'EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA'!!




Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de toda ordem, para levar-me de novo à sua firma. Quando fui lá, pela primeira vez,tudo o que deviam ter feito era apenas a
pequena gentileza,tão barata, de me enviar um pouco mais de 'CORTESIA'.

'CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA,DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO,SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR.'



SAM WALTON - FUNDADOR DA WAL-MART, MAIOR CADEIA DE VAREJO DO MUNDO.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mandela - para refletir



Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.

Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da conta.

É nossa luz, não nossas trevas, o que mais nos assusta.

Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, grandioso, talentoso e famoso?"

Na verdade, quem não somos?

Você é uma criança de Deus. Seu jogo despretencioso não serve ao mundo.

Não há nada de errado com o retrocesso, assim as pessoas não se sentem inseguras com você.

Nascemos para manifestarmos a glória de Deus dentro de nós. Não apenas dentro de alguns de nós, mas em todos nós.

E quando deixarmos nossa própria luz brilhar, conscientemente daremos às pessoas permissão para fazerem o mesmo.

Quando tivermos nos libertado de nosso medo, nossa presença automaticamente libertará os outros'.

Nelson Mandela

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estudo identifica tribo que não conhece conceito de tempo


Tribo Amondawa não tem uma palavra equivalente a tempo, nem mesmo para descrever períodos como mês ou ano


Pesquisadores brasileiros e britânicos identificaram uma tribo amazônica que, segundo eles, não tem noção do conceito abstrato de tempo.

Chamada Amondawa, a tribo não tem as estruturas linguísticas que relacionam tempo e espaço – como, por exemplo, na tradicional ideia de “no ano que vem”.

O estudo feito com os Amondawa, chamado “Língua e Cognição”, mostra que, ainda que a tribo entenda que os eventos ocorrem ao longo do tempo, este não existe como um conceito separado.

A ideia é polêmica, e futuras pesquisas tentarão identificar se isso se repete em outras línguas faladas na Amazônia.

O primeiro contato dos Amondawa com o mundo externo ocorreu em 1986, e, agora, pesquisadores da Universidade de Portsmouth (Grã-Bretanha) e da Universidade Federal de Roraima começaram a analisar a ideia de tempo da forma como ela aparece no idioma falado pela tribo.

“Não estamos dizendo que eles são ‘pessoas sem tempo’ ou ‘fora do tempo’”, explicou Chris Sinha, professor de psicologia da língua na Universidade de Portsmouth.



Pesquisadores estudaram a língua da tribo Amondawa

“O povo Amondawa, como qualquer outro, pode falar sobre eventos e sequências de eventos”, disse ele à BBC. “O que não encontramos foi a noção de tempo como sendo independente dos eventos que estão ocorrendo. Eles não percebem o tempo como algo em que os eventos ocorrem.”

Tanto que a tribo não tem uma palavra equivalente a “tempo”, nem mesmo para descrever períodos como “mês” ou “ano”.

As pessoas da tribo não se referem a suas idades – em vez disso, assumem diferentes nomes em diferentes estágios da vida, à medida que assumem novos status dentro de sua comunidade.

Mas talvez o mais surpreendente seja a sugestão dos pesquisadores de que não há interconexão entre os conceitos de passagem do tempo e movimento pelo espaço. Ideias como um evento que “passou” ou que “está muito à frente” de outro são comuns em muitas línguas, mas tais construções linguísticas não existem entre os Amondawa.

“Isso não significa que (as construções) estão além das capacidades cognitivas da tribo”, prosseguiu Sinha. “Apenas não são usadas no seu dia-a-dia.”

Quando os Amondawa aprenderam português – que está se tornando mais comum entre eles -, eles facilmente incorporam a noção do tempo em sua linguagem.

A hipótese dos pesquisadores é de que a ausência do conceito de tempo se origina da ausência da “tecnologia do tempo” – por exemplo, sistemas de calendário e relógios. Isso, por sua vez, pode estar relacionado ao fato de que, como muitas tribos, o sistema numérico detalhado dos Amondawa é limitado.

Termos absolutos

Tais argumentos não convencem Pierre Pica, linguista teórico do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), que foca seus estudos em uma outra língua amazônica, conhecida como Mundurucu.

“Relacionar número, tempo e espaço por uma simples ligação causal parece sem sentido, com base na diversidade linguística que conheço”, disse ele à BBC News.

Pica diz que o estudo sobre os Amondawa “tem dados muito interessantes”, mas argumentos simplificados.

Sociedades pequenas como os Amondawa tendem a usar termos absolutos para relações espaciais normais – por exemplo, referir-se à localização específica de um rio que todos na comunidade conhecem bem, em vez de usar uma palavra genérica para rios.

Em outras palavras, enquanto os Amomdawa podem ver a si mesmos se movendo através de arranjos temporais e espaciais, seu idioma talvez não reflita isso de uma maneira óbvia.

Novos estudos devem aprofundar o conhecimento sobre o assunto, diz Sinha.

“Queremos voltar (à tribo) e verificar (a teoria) novamente antes que a língua desapareça – antes que a maioria da população comece a aprender desde cedo a usar sistemas de calendário.”

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Análise das compras coletivas "groupons"




Como funciona as compras coletivas pela internet?
Veja nessa matéria do jornalista Luis Nassif:

A Segunda bolha da internet



A internet já é uma realidade mais concreta do que na fase da primeira bolha, no início dos anos 2000. Já existe o uso extensivo de suas ferramentas e há negócios consolidados em vários setores. Mas há também uma bolha em curso. Nos Estados Unidos há projetos pagando 270 vezes a receita líquida. Um dos pioneiros brasileiros da internet, hoje radicado nos Estados Unidos, Marcelo Ballona relata casos de uma empresa praticamente sem sede que conseguiu captar US$ 100 milhões em cima de uma avaliação do projeto total de US$ 1 bilhão.

O momento é muito parecido com o estouro da bolha de 2.000, com a diferença de que, na época, a economia mundial era muito mais sólida.

Um dos pontos centrais da bolha são os chamados sites de compras coletivas. Hoje em dia, nos Estados Unidos há mais de 1.500 sites do gênero, criando um problema complicado para as lojas parceiras. De um lado, porque a maioria dos groupons (nome dessa modalidade de sites) vendida audiências fictícias. Depois, porque as promoções pouco agregavam às empresas. Por exemplo, uma pizzaria vendia pizzas a R$ 15,00. Entrava em uma promoção e o site de compras oferecia a R$ 3,00. A pizzaria lotava, mas de um público que, passada a promoção, dificilmente voltaria lá. Não era seu público alvo.

As pizzas e o cãozinho

Hoje em dia, a bolha está provocando toda sorte de incursões, do marido de Demy Moore a Lady Gaga. Tomam-se alguns critérios, como visibilidade pública, número de seguidores no Twitter e, a partir daí, define-se a precificação do projeto. Entram nessa mixórdia muitas ideias que não prosperaram na primeira bolha, como sistemas de reservas em hotéis, sites de viagem etc. Em muitos casos, monta-se o site, a realidade virtual, mas não se acertam sequer os contratos com os hotéis cadastrados.

No início da bolha da internet, foi famoso o caso do cãozinho do iG e o sistema de franquias em pizza. Para incrementar o valor do iG, o publicitário Nizan Guanaes anunciou, além da venda de flores, a venda de pizzas pela internet, com a marca iG e o símbolo do cãozinho. Só que era o tipo do negócio que não poderia ficar apenas no virtual. Tinha que cadastrar pizzarias, definir cardápio, ambiente etc. Obviamente, o projeto sequer saiu do lugar.

O fenômeno da bolha está restrito

Outro complicador são as mudanças que estão ocorrendo no mercado de celulares, smartphones e tablets. Ontem (14/6), a Apple lançou o iPhone 100% desbloqueado. Isto é, poderá ser vendido a qualquer pessoa que poderá optar por qualquer operadora.

Além disso, os novos sistemas operacionais de smartphones estão alijando rapidamente grandes fabricantes do mercado, redesenhando o ranking global. É uma revolução similar à que ocorreu no lançamento do Windows, que permitiu à Microsoft alijar a maior parte dos concorrentes, fabricantes de aplicativos. Agora, a própria Microsoft está ameaçada, no terreno dos sistemas operacionais de celulares.

Hoje em dia, o fenômeno da bolha está restrito à economia norte-americana. Por aqui, há inúmeros projetos tecnológicos sendo analisados, mas com uma boa dose de realismo.







O modelo do “groupon” é o seguinte:

1. O site vai até o comerciante e compra, digamos, R$ 21.000,00 em promoção. Paga em três prestações: em 5 dias, em 30 e em 60 dias.

2. Em seguida faz a promoção no seu site, incluindo no preço de promoção sua comissão. Recebe à vista dos clientes e roda com parte do dinheiro em até 60 dias.

3. Quita a última prestação com o comerciante e fecha o ciclo. Isso, em tese.

No fundo, trata-se de uma versão moderna da operação chamada de compra de recebíveis”. Paga-se na frente o que a empresa irá produzir nos próximos meses.

Ciclo de venda

Pegou como febre nos Estados Unidos, gerando um negócio altamente inflamável.

O primeiro ponto são os custos de comercialização do “groupon”, campanhas caras para atrair o maior número possível de interessados.

Depois, a corrida para evitar “encalhes” de promoção. Se encalhar, consome parte de seu capital de giro.

A receita do “groupon” é função do valor do vale, da parcela de receita que fica com o site e da quantidade de promoções vendidas. Essa quantidade é função, entre outros fatores, do tamanho do desconto. Quanto maior o desconto, maior será o volume negociado.

Por isso mesmo, os vendedores do site são instados a procurar promoções cada vez mais agressivas.

Ocorre então o fenômeno da seleção adversa. Em princípio, a operação só irá interessar a comerciantes em dificuldades. Há baixa probabilidade de fidelização do cliente atraído por esse tipo de promoção.

Com as condições cada vez mais restritivas do site, acabam entrando apenas as empresas com maiores dificuldades com o sistema bancário.

Está certo que o risco do site é minimizado pelo fato do ciclo de venda ser de apenas 60 dias. Mesmo assim, corre-se o risco de comprar o produto e o comerciante quebrar antes da entrega.

Fluxo de caixa

Os riscos da bolha norte-americana são enormes. Grandes players – como Google e Facebook – estão entrando nesse mercado. Há uma corrida dos “groupons” atuais para formar um estoque de clientes cadastrados e poder vender para os gigantes que chegam.

De certo modo é o que está ocorrendo com o “groupon” Peixe Urbano. O investimento publicitário feito é tipicamente para consolidar uma multidão de usuários e aumentar o valor na hora de vender para um player estrangeiro.

Foi esse movimento que levou Luciano Huk a aproveitar os desastres da região Serrana do Rio para captar clientes – induzindo o público a dar contribuições através de inscrições no site.

Nessa corrida, pelo menos nos EUA está de abrindo mão da cautela financeira. Eventuais estoques encalhados de promoção acabam sendo cobertos em um efeito corrente da felicidade – os clientes de hoje ajudando a bancar os compromissos de ontem.

Por ser uma atividade não-bancária, estão fora do sistema de supervisão das autoridades.

Há o risco, então, do desequilíbrio do fluxo de caixa do “groupon”, do acúmulo de estoques não vendidos, da não entrega de produtos combinados (da parte dos comerciantes em maior dificuldade).

[Luis Nassif é jornalista]

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Democracia na Rede

Rede social vai eleger 'governo global'

Plataforma pretende colocar à disposição dos usuários da rede um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes (Renata Honorato)

Interface de perfil do Mynetgov Interface de perfil do Mynetgov (Reprodução)
 
Em um ato simbólico diante da sede da ONU, em Nova York, será lançada nesta segunda-feira uma rede social diferente, a Mynetgov. A plataforma nascida em Portugal pretende colocar à disposição dos usuários da internet um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes para um também simbólico governo planetário. O ambicioso objetivo da comunidade é influenciar decisões tomadas por governos nacionais em diferentes partes do globo.
Um debate sobre o futuro e a preservação da Amazônia, por exemplo, poderia ocorrer na rede, incentivando a elaboração de um "projeto de lei" do governo virtual. Se aprovado, passaria a ser uma causa defendida pelo Mynetgov. O processo, é claro, não tem valor legal.
Qualquer usuário a partir de 13 anos poderá se cadastrar. Todos os participantes poderão, por sua vez, se candidatar a cargos do "governo": serão 6.000 congressistas (equivalente aos deputados federais e senadores brasileiros), doze ministros e um presidente. Haverá também "cargos" de juiz. Ao menos oito ministérios serão obrigatórios: internet, globalização, paz, educação, ambiente, esporte, cultura e humor.
A votação para a eleição dos representantes acontecerá na própria plataforma, entre os dias 15 e 31 de dezembro. A posse será no dia 1º de janeiro. Cada membro da rede votará em um candidato à presidência e em cinco representantes (congressistas) para mandatos de um ano.
"Esta será a primeira plataforma totalmente democrática", diz Diamantino Nunes, um dos fundadores da plataforma, mais conhecido como presidente do Comitê World Bike Tour, evento ciclístico que ocorre nas cidades de Lisboa, Porto, Madri, Paris e São Paulo. "Apresentaremos o projeto à ONU e enviaremos a todos os governos, inclusive o chinês, um comunicado solicitando a participação da população", completa, fazendo especial referência ao governo de Pequim, que mantém um rígido controle sobre a informação e a expressão no país.
Assista ao vídeo da campanha de lançamento da rede social: 

O fórum terá suporte para oito línguas: inglês, espanhol, francês, português, italiano, alemão, árabe e chinês. Quarenta pessoas participaram da concepção da ferramenta. Entre os colaboradores está um brasileiro, o deputado federal Walter Feldman (sem partido-SP), licenciado do cargo - ele está em Londres para acompanhar a preparação para a Olimpíada de 2012 a serviço da prefeitura de São Paulo, embora os jogos de 2016, no Brasil, acontecerão, como todos sabem, no Rio.
Para Feldman, o Mynetgov poderá estimular até os partidos a adotar definitivamente a internet como ferramenta para escutar a população. "O projeto será importante para a política moderna", diz. "A ideia de colocar em prática a democracia direta, onde as decisões são tomadas com base na opinião coletiva, é muito animadora."

Matéria da Revista Veja posta no dia 11/07/2011 - 12:15
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/mynetgov-vai-eleger-primeiro-governo-global-da-internet 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Blog do Pensador

Amigos, hoje reproduziremos um post de nosso amigo blogueiro do Rio de Janeiro, por acharmos de fundamental importância discutirmos sobre o poder dos cartéis midiáticos no Brasil, segue:


O poder dos cartéis midiáticos não permite a informação livre e põe em risco a democracia no Brasil


Esta é a principal luta que estamos travando. E a principal luta que temos que travar. Porque só há uma maneira de combater o império, combatendo seu braço comunicacional, a mídia corporativa.

Não há lugar no mundo capitalista em que os veículos de comunicação estejam a favor da comunicação livre. Eles manipulam, ocultam, distorcem, difamam, e ainda se dizem defensores da liberdade de informação, quando tudo o que fazem é desinformar, alienar, golpear os governos que não rezam de acordo com suas cartilhas.

Podem escolher o país. As oligarquias midiáticas, pautadas pelo império estadunidense, defendem sempre as mesmas causas, em qualquer lugar do planeta.

Escrevi aqui uma vez uma metáfora que continuo achando válida. O que é o sequestro de uma ou várias pessoas comparado ao sequestro da realidade de todo um país?

Quem acompanha o Brasil pelos jornalões, pelas emissoras de TV – em especial pela Rede Globo – tem sua realidade sequestrada. Sem um mínimo de senso crítico, essa pessoa acredita que está diante da verdade, que o que lhe afirmam Veja, Folha, Estadão, O Globo, a Rede Globo, é um retrato fiel da realidade.

Aí se desenvolve a síndrome de Estocolmo, quando a vítima se identifica e/ou tenta conquistar seu sequestrador (e basta ler os comentários nos pitblogs para entender o que digo).

Por mais que se tente mostrar a essas pessoas que a realidade lhes foi sequestrada, elas resistem, defendem seus pitblogueiros e seus veículos do coração. Isso acontece mesmo que a realidade os desminta, como nos casos do trágico acidente de Congonhas, do caos aéreo patrocinado e agora da falsa epidemia de febre amarela, que provocou uma absurda correria da população aos postos de vacinação para se prevenir de uma epidemia que só existia na mídia.

A cegueira é tão grande, que levou a enfermeira Marizete Borges de Abreu, de 43 anos, a se vacinar duas vezes contra a febre amarela, ainda que ela não fosse viajar para uma das áreas de risco, ainda que ela tivesse restrições físicas (lúpus - caso em que a vacina não deve ser tomada), ainda que ela soubesse (como enfermeira) que não se deve tomar mais de uma dose da vacina por vez (outra dose só em dez anos).

Com sua realidade sequestrada pela mídia, Marizete vacinou-se duas vezes num prazo de uma semana e veio a falecer, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Por isso, quando se fala de sequestro, deve-se salientar que ambas as formas de sequestro são condenáveis, mas a população desinformada pela mídia corporativa só toma conhecimento de uma, enquanto é manipulada pela outra.


O Eduardo Guimarães em seu Cidadania tem reforçado a importância dessa luta. E embora não concorde com ele que essa mídia seja o mal (ela é o braço comunicacional dele) endosso a ênfase de que a luta que nós, blogueiros, agentes de comunicação temos que travar é contra essa mídia venal, que tenta impor sua pauta ao governo democraticamente eleito, o que temos que denunciar e combater. Jamais apoiar.

Em 22 de junho de 2007, há quase quatro anos, escrevi aqui:

As Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. Esse peso descomunal deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as Organizações Globo têm a TV Globo (RGTV), os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.

Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.


A implantação urgentíssima do PNBL e a consequente Ley de Medios são lutas que podem impedir que o país retroceda e acabe, por blablablás lacerdistas, nas mãos de quem vai entregar a Petrobras e nossas riquezas, na próxima oportunidade.

Taí um bom tema para o II Encontro de Blogueiros que vai acontecer neste próximo final de semana em Brasília.

Fonte: Blog do Melo

***************************************

Mais uma do Simão

Manchete do Piauí Herald: "Galvão Bueno é internado com depressão pós-Ronaldo". Coitado, não tem mais nenhum R pra gritar. Roooonaldo, Ruuuubinho! Rarará!

***************************************