quinta-feira, 30 de junho de 2011

Somos o que pensamos?



O que era verdade em outras culturas há mais de mil anos está sendo comprovado por neurocientistas: Somos o resultado do que pensamos.
Cada pensamento que temos gera uma emoção, e cada emoção mobiliza um circuito hormonal que terá impacto em trilhões de células.
Pensamentos positivos, de entusiasmo, alegria, bem-querer promovem a secreção de Serotonina – substância responsável pelo humor, sensação de bem-estar, regulação do sono, apetite, atividades motoras e funções cognitivas.

Da mesma forma, pensamentos negativos como de raiva, culpa, ressentimento, impaciência, desconfiança, medo facilitam a secreção de Cortisol – chamado o hormônio do stress que afeta os sistemas fisiológicos e imunológicos, provocando insônias, depressão, alterações de humor, perda muscular, retenção de líquidos, aumento da gordura abdominal e mesmo a compulsão alimentar.

O que a biologia nos alerta, podemos ilustrar através de um ciclo: Pensamentos, emoções, comportamento, resultado.

Pensamentos positivos levam a atitudes positivas, por conseguinte, essas atitudes positivas levam a um comportamento positivo e este a um resultado positivo que produzirá novos pensamentos positivos. Mas o contrário também acontece. O que podemos ver é que se trata de um ciclo, que pode ser positivo ou negativo.

Os estudos da Psicologia Comportamental demonstram que podemos condicionar nosso próprio comportamento e dos demais com as atitudes que queremos.
Quando aplicarmos positivamente nossos pensamentos teremos condições de lidar com tudo que vivemos de forma mais gratificante e produtiva. Sentimo-nos melhores. As pessoas ao nosso redor também sentem e passam a reagir conforme nossas atitudes.

Mas lembre-se, apenas pensar positivamente não lhe dará resultado prático. É necessário agir. Os fatores negativos continuarão existindo, porém quando começamos nossas atividades diárias emitindo pensamentos positivos, estaremos influenciando nossas emoções, comportamentos e resultados; assim como das pessoas que convivem conosco.

Portanto, comece agindo hoje, remova os velhos e ineficazes paradigmas, dogmas e pré-conceitos. Experimente diariamente coisas novas. Faça a pessoa ao lado feliz!!! Abra sua mente para novas possibilidades!! Arrisque! Desfrute as novas oportunidades!! Pense positivamente sobre você e tudo que está a sua volta.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Religar para viver


É comum ao andarmos por ai depararmos com pensadores em atividade que, por um descuido, sem meditar profundamente no que expressam, fazem ecoar alguns ditos populares que marcaram época e formataram a opiniões colocando fim a algumas discussões, como por exemplo; “futebol, religião..., não se discutem e fim de papo”.
Mas será que é assim? Como retomar tal discussão e não apenas te-la como um dogma que repousa sobre sua ingenuidade, por não ter sido explorado, dissecado e realmente compreendido?
Vale salientar a importância da Etimologia parte tão nobre da gramática que segundo os estudiosos do ramo, nos ajuda na origem e formação das palavras. Tal compreensão torna a discussão mais fundamentada e possibilita credibilidade às afirmativas.
Quando focamos a palavra “religião”, o que nos vem à mente é o conjunto de regras religiosas, deveres prestados a uma entidade e há quem comungue até mesmo com o sacrifício do bem mais precioso, a vida! Mas é preciso entendê-la etimologicamente, a fim de sermos sinceros corretos e principalmente eficazes em nossas falas e ações. Dado a nossa condição intelectual, não se admite que apenas recitemos dogmas mal discutidos, mal interpretados e alguns até ideologicamente colocados visando o controle de massas e proveito próprio em detrimento de vários.
Religião é verbo latim, é ação necessária, é religar algo desligado da origem, do todo, da vida! É encontro, realização, comunhão. Não comum comigo mesmo conforme prega a sociedade moderna, mas comunhão, com o supremo, com os pares e conseqüentemente com o meu eu. A religião se discute, se entende e se vive intensamente e se presta motivando a promoção do ser humano e o bem comum.
Por fim, entender é se libertar, conhecer é crescer e caminhar para frente, para o alto, desvencilhando-se de dogmas humanos, de prisões proporcionadas por sistemas ignorantes no sentido etimológico da palavra. Vale a pena pensar e se deixar religar, pois carecemos disso.

Postado por Leno Costa, Teólogo, um dos autores do blog.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sensatez



Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem, estética, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas minhas roupas, quero fical legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude.
Que eu me acalme. Que o amor sobreviva.
"Cuide bem do seu amor, seja ele quem for."
Herbert Viana

Enviado pelo pensador e amigo Antônio Henrique.

sábado, 25 de junho de 2011

O poema que toca até quem ainda não é pai

Na semana passada vimos uma tragédia no sul da Bahia, a queda de um helicóptero ceifou vidas e deixou marcas profundas nas famílias dos vitimados. O vocalista da Banda Biquini Cavadão Bruno Gouvea foi um dos que teve a perda do ente querido, sua ex-mulher Fernanda Kfouri e o filho Gabriel Kfouri Gouveia, de dois anos. Ontem durante a missa de sétimo dia, Bruno Gouvea deixou todos emocionados com seu discurso sobre a perda do filho Gabriel. Ele declamou ainda a poesia 'Partida', que fez em homenagem ao filho, publicado em seu blog http://mimevoce.blogspot.com, que reproduziremos abaixo na íntegra. Emitiu ainda uma carta aos amigos e parentes que pode ser conferida nesse endereço: http://musica.uol.com.br/ultnot/2011/06/24/em-carta-aos-fas-vocalista-do-biquini-cavadao-fala-sobre-perda-de-filho-e-diz-que-vai-manter-agenda-de-shows.jhtm

O sensível poema toca até aqueles que ainda não são pais, aos enlutados dessa tragédia nossos sentimentos...


Para meu filho Gabriel† 10-08-08 / 17-06-11
PARTIDA


a morte de um filho
é uma gravidez às avessas
volta pra dentro da gente
para uma gestação eterna

aninha-se aos poucos
buscando um espaço
por isso dói o corpo
por isso, o cansaço

E como numa gestação ao contrário
a dor do parto é a da partida
de volta ao corpo pra acolhida
reviravolta na sua vida

E já começa te chutando, tirando o sono
mexendo os órgãos, lembrando o dono
que está presente, te bagunçando o pensamento
te vazando de lágrimas e disparando o coração,

A morte de um filho é essa gravidez ao contrário
mas com o tempo, vai desinchando
até se transformar numa semente de amor
e que nunca mais sairá de dentro de ti.

Bruno Gouveia

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os efeitos perniciosos do ufanismo


Já vivi encantado pelo otimismo. Afirmei com contundência que a sorte é bumerangue que sempre volta com fortuna. Cantei com um público frenético: “Vai dar tudo certo, em nome de Jesus”. Em minhas palestras e sermões, antecipei grandes reviravoltas na vida dos ouvintes. Mas, com o passar do tempo, percebi que apesar de toda a boa vontade, tais guinadas não aconteciam com a frequência que eu desejava. Nem tudo dava certo! Alguns amigos agonizaram, carcomidos de câncer. Outros foram à bancarrota. Quantos casamentos celebrei que terminaram em divórcio. Por que não confessar a infantilidade? Repeti jargões ufanistas sem levar às últimas consequências minhas afirmações. Pior, capitalizei em cima de ilusões.
Percebo que não estou só. Políticos e conferencistas motivacionais ladeiam líderes religiosos a repetir frases de efeito - que, na verdade, só servem para fortalecê-los. Infelizmente, as consequências são desastrosas. Mulheres azedaram na vida porque alguém lhes prometeu que Deus (ou Santo Antônio) traria marido “no tempo certo”. Empresários se desesperaram porque alguém assegurou que “o Senhor não permite que seus filhos fracassem nos negócios”. Pais e mães se perderam existencialmente porque jamais cogitaram um câncer “permitido” em uma família piedosa e obediente.
É comum ver pessoas acorrentadas a promessas que “um dia chegarão” - mas que não chegam nunca; ver pessoas debitando paradoxos e agruras nos “paradoxos” e “mistérios insondáveis da eternidade”.
Nada como o dia a dia para arrasar com os discursos triunfalistas. Crianças agonizam com diarréia nas favelas. Faltam ambulâncias nas periferias para salvar os infartados. Professores da rede pública recebem uma ninharia no perpétuo ciclo ignorância-desemprego-miséria. Quem ganha com o triunfalismo? As revistas de fofoca com seus conselhos de auto-ajuda, os televangelistas e as religiões pequeno burguesas. Nos sucessivos arroubos de vitória, as relações utilitárias com a Divindade prosseguem intocadas e os cantores gospel faturam bem.
Reconheçamos: a vida de muitos simplesmente não vai dar certo. A estrutura econômica deste país, assimétrica, não permite que multidões subam a escadaria da inclusão social. Os oligarcas não vão abrir mão de seus benefícios (basta ver a miséria do Maranhão, feudo de uma família poderosa). Muitos não vão entrar na terra prometida. Homens adoecerão sem conseguir recuperar suas empresas. Mulheres não vão sair do lugarejo que lhes asfixia. Rapazes, que sonhavam em jogar futebol na Europa, terão que se contentar com o saláro de balconista.
Não se deve desprezar a realidade em nome da uma esperança fantasiosa. Não se deve negligenciar injustiça social em nome de intervenções de Deus. Não se deve perpetuar ilusão em nome do otimismo. Sou pastor, pregador e conferencista, mas não tenho o direito de descolar meu discurso da existência concreta que as pessoas enfrentam todos os dias.
Não há outro caminho senão assumir compromisso com a verdade. E lutar dentro dela. Obrigo-me não à verdade metafísica, absolutizada dos dogmas ou da filosofia. Abraço a verdade que o cotidiano impõe e esperneio para transformá-la. Acredito que só é possível promover a liberdade quando ensinar que o engano não conduz a lugar nenhum senão a decepção. – “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”. Para que o mundo seja minimamente transformado não há outro recurso senão embrenhar-se na vida como ela é, arregaçar as mangas e lutar.

Soli Deo Gloria.

05-04-11
Ricardo Gondim Rodrigues é teólogo brasileiro, presidente nacional da Assembléia de Deus Betesda, presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos, conferencista. Tem programa de rádio e é colunista de vários veículos de comunicação. É autor premiado de vários livros e artigos polêmicos.

Hipocrisia

Este texto fala sobre a verdade. Caso seja um mentiroso e queira mudar de vida leia. Agora, caso acredite ser sincero, leia o mais rápido possível, pois você vai se sentir o mais hipócrita dos homens!



O século XXI é a sociedade da hipocrisia. Se antes, o ser humano manifestava seu ódio e intolerância diante do "primitivo", do "estranho" ou do "desconhecido". Hoje, não mais. Temos a máscara da hipocrisia. No dicionário hipocrisia significa "Fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis" e "Devoção fingida".
Muitos se dizem tolerantes, solidário, compreensivo e amigo de todos. Não são preconceituosos, são ecléticos e democráticos. Respeitam e aceitam o outro, as coisas e as emoções do próximo.
Contudo, no seu íntimo, nas suas entranhas e no seu mundinho manifestam o mais puro ódio àqueles que são seus opostos. Não comungam com as suas idéias? É um imbecil. Não convivem em sua "tribo"? Não sabem curtir o que é bom. Não compreende a sua linguagem? Não é inteligente o suficiente para fazer parte de seu mundo. Não compartilha os mesmos sonhos? Não passam de derrotados.
Hoje, a sinceridade está na mídia, na política, na violência e nas drogas. Todas elas expressam a verdadeira face do homem, do extremo das emoções e da miséria humana.
A sociedade atual precisa de ser impactada pela verdade, pela ética e uma moral sem mentiras, falsidades e fingimentos. A verdade dói, mas somos uma sociedade hipócrita! É preciso apagar esta página branca (ou negra?) de nossa história, e reescrever uma nova jornada fundamentada na VERDADE, doa a quem doer!

Autor: Raul Nogueira Nogstory
Email: nogstory@hotmail.com / Twitter: @nogstory

Sobre a morte e o morrer

Rubem Alves

O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de
um ser humano? O que e quem a define?




Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: “Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver.” A vida é tão boa! Não quero ir embora…

Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: “Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?”. Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: “Não chore, que eu vou te abraçar…” Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.

Cecília Meireles sentia algo parecido: “E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega… O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias… Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto…”

Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. “Minha filha, sei que minha hora está chegando… Mas, que pena! A vida é tão boa…”

Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.

Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: “O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?”. O médico olhou-o com olhar severo e disse: “O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?”.

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.

Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.

Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a “reverência pela vida” é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?

Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.

Muitos dos chamados “recursos heróicos” para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da “reverência pela vida”. Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: “Liberta-me”.

Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: “Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei…”. Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.

Dizem as escrituras sagradas: “Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer”. A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A “reverência pela vida” exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a “morienterapia”, o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a “Pietà” de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Coluna do Pensador 22-06


Em meio a tragédia, Cabral terá que dar explicações




Do blogueiro Josias de Souza

O país acompanhou no final de semana uma tragédia que ceifou a vida de sete pessoas próximas ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).

O grupo viajara do Rio para Porto Seguro (BA), num jatinho que tinha Cabral como passageiro. Dali, governador e acompanhantes iriam a um resort em Trancoso.

A primeira leva de passageiros embarcou num helicóptero que caiu antes de alcançar o destino. Entre as vítimas, Mariana Noleto, namorada do filho de Cabral.

Licenciado do cargo até domingo (26), ainda em meio à atmosfera fúnebre, Cabral enfrenta agora um subproduto político do acidente.

Descobriu-se que o governador e suas companhias voaram para o Sul da Bahia nas asas de um jatinho Legacy de Eike Batista, dono do grupo EBX.

O passeio destinava-se a festejar o aniversário de outro empresário, Fernando Cavendish. Dono da empresa Delta, ele estava a bordo do avião de Eike.

Um grupo de cinco deputados estaduais, informa a Folha, enxergou na proximidade de Cabral com os empresários indícios de um caso de conflito de interesses.

Entre 2009 e 2010, a EBX de Eike obteve do governo do Rio benefícios fiscais estimados em R$ 75 milhões.

Entre 2006 e 2011, a Delta de Cavendish celebrou com a administração Cabral 27 contratos. Juntos, somam quase R$ 1 bilhão.

A conta não inclui as obras das quais a Delta participa como consorciada. A reforma do Maracanã, por exemplo, orçada também em R$ 1 bilhão.

Os deputados, que fazem oposição a Cabral, decidiram encaminhar ao governo um requerimento de informações.

Os termos da peça serão definidos em reunião marcada para esta quarta (22). Assinarão o texto:

Marcelo Freixo (PSOL), Janira Rocha (PSOL), Flávio Bolsonaro (PP), Clarissa Garotinho (PR) e Luiz Paulo Corrêa (PSDB).

Procurado, o governo fluminense saiu-se com uma explicação inconsistente. Disse que pedido de empréstimo da aeronave de Eike é democrático (!?!?!).

A alegação, além de vaga, não orna com o estatuto dos servidores do Rio. O documento proíbe funcionários e autoridades de:

"Exigir, solicitar ou receber vantagens de qualquer espécie em razão do cargo ou função, ou aceitar promessas de tais vantagens".

Ouvida, a Delta informou que todos os contratos que celebrou com o Estado respeitaram as leis.

Eike disse que empresta seu jatinho a quem bem entender. Afora o favor aéreo, o magnata borrifou R$ 750 mil nas arcas eleitorais de Cabral, em 2010.

Em nota, Eike anotou: "Tive satisfação em ter colocado meu avião à disposição do governador Sérgio Cabral […]…”

"Sou livre para selecionar minhas amizades, contribuir para campanhas políticas, trazer a Olimpíada para o Rio…”

“…Apoiar a implantação das UPPs [Unidades de Polícia Pacificadora], patrocinar o RJX [time de vôlei masculino]…”

“…E auxiliar a realização de diversos projetos sociais e culturais do Estado". Eike acrescentou: "Faço tudo com dinheiro do meu bolso e me orgulho disso."

De fato, o empresário pode gastar seu dinheiro como quiser. O diabo é que, quando cedido a gestor público, um jatinho privado não costuma viajar a passeio.


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As manchetes desta quarta

- Globo: Dilma recua de novo e vai aceitar fim de sigilo oficial

- Folha: Família de baixa renda terá telefone fixo a R$ 9,50

- Estadão: Venda de terra a estrangeiro terá controle mais rígido

- Valor: União terá despesa extra de até R$ 8 bi com precatórios

- Estado de Minas: Mais leis inúteis

- Jornal do Commercio: Risco na rota dos arraiais

- Zero Hora: Porto-alegrense puxa ranking nacional de famílias endividadas.

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Saia de casa com ele


Bombeiro do Rio, R$ 960; médico, R$ 1,2 mil; professor, R$ 728; deputado, R$ 26,7 mil. Marcha contra a desigualdade: não tem preço.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Coluna do Pensador

Isenção de impostos para Fielzão daria para construir 787 unidades de saúde ou 420 creches

Prefeitura deixará de arrecadar R$ 420 mi, que também dariam para construir cem escolas



Caso o projeto de isenção fiscal para o futuro estádio do Corinthians (o Fielzão) seja aprovado, nada menos que R$ 420 milhões deixarão de entrar nos cofres da cidade de São Paulo. O dinheiro que a administração municipal pode deixar de arrecadar bancaria a construção de 787 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), de 420 creches ou ainda de cem escolas de ensino fundamental na capital paulista.

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As manchetes desta segunda


- Globo: A 18ª UPP - Com Mangueira ocupada, só falta Maré para a Copa

- Folha: Benefício fiscal não é controlado, aponta TCU

- Estadão: PT se aproxima de Kassab e abre possibilidade de aliança

- Correio: Um em cada cinco pacientes internados em hospitais do DF vem do entorno

- Valor: Acordos salariais já refletem inflação e desaquecimento

- Zero Hora: Trânsito de fim de semana tira a vida de oito jovens no RS

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"Tuitaço" protesta contra a má qualidade da banda larga
Serviço brasileiro é lento e caro se comparado ao de outros países


Consumidores insatisfeitos com a qualidade e o preço da banda larga brasileira prometem fazer barulho amanhã, pelo menos via Twitter. Cerca de 60 entidades de classe e de defesa do consumidor estão organizando um "tuitaço" com o objetivo de postar no microblog Twitter mensagens de protesto endereçadas ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (@Paulo_Bernardo), e ao Ministério das Comunicações (@MiniComBrasil). O protesto será marcado pela tag #MinhaInternetCaiu.

Mensagens
Como participar. Qualquer pessoa com perfil no Twitter pode encaminhar, entre 16h e 17h de amanhã, um tweet com a tag #MinhaInternetCaiu aos perfis @Paulo_Bernardo ou @MiniComBrasil.

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Mais uma do José Simão:

"Vulcão e Marcha da Maconha. A Semana da Fumaça! E o Eramos6: "STF agora analisa liberação da Marcha do Luan Santana". Decisão: "Se não fizerem apologia dos CDs e nem cantarem as músicas dele na Marcha, a gente libera".Rarará!

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Blog do Pensador

Amigos, hoje reproduziremos um post de nosso amigo blogueiro do Rio de Janeiro, por acharmos de fundamental importância discutirmos sobre o poder dos cartéis midiáticos no Brasil, segue:


O poder dos cartéis midiáticos não permite a informação livre e põe em risco a democracia no Brasil


Esta é a principal luta que estamos travando. E a principal luta que temos que travar. Porque só há uma maneira de combater o império, combatendo seu braço comunicacional, a mídia corporativa.

Não há lugar no mundo capitalista em que os veículos de comunicação estejam a favor da comunicação livre. Eles manipulam, ocultam, distorcem, difamam, e ainda se dizem defensores da liberdade de informação, quando tudo o que fazem é desinformar, alienar, golpear os governos que não rezam de acordo com suas cartilhas.

Podem escolher o país. As oligarquias midiáticas, pautadas pelo império estadunidense, defendem sempre as mesmas causas, em qualquer lugar do planeta.

Escrevi aqui uma vez uma metáfora que continuo achando válida. O que é o sequestro de uma ou várias pessoas comparado ao sequestro da realidade de todo um país?

Quem acompanha o Brasil pelos jornalões, pelas emissoras de TV – em especial pela Rede Globo – tem sua realidade sequestrada. Sem um mínimo de senso crítico, essa pessoa acredita que está diante da verdade, que o que lhe afirmam Veja, Folha, Estadão, O Globo, a Rede Globo, é um retrato fiel da realidade.

Aí se desenvolve a síndrome de Estocolmo, quando a vítima se identifica e/ou tenta conquistar seu sequestrador (e basta ler os comentários nos pitblogs para entender o que digo).

Por mais que se tente mostrar a essas pessoas que a realidade lhes foi sequestrada, elas resistem, defendem seus pitblogueiros e seus veículos do coração. Isso acontece mesmo que a realidade os desminta, como nos casos do trágico acidente de Congonhas, do caos aéreo patrocinado e agora da falsa epidemia de febre amarela, que provocou uma absurda correria da população aos postos de vacinação para se prevenir de uma epidemia que só existia na mídia.

A cegueira é tão grande, que levou a enfermeira Marizete Borges de Abreu, de 43 anos, a se vacinar duas vezes contra a febre amarela, ainda que ela não fosse viajar para uma das áreas de risco, ainda que ela tivesse restrições físicas (lúpus - caso em que a vacina não deve ser tomada), ainda que ela soubesse (como enfermeira) que não se deve tomar mais de uma dose da vacina por vez (outra dose só em dez anos).

Com sua realidade sequestrada pela mídia, Marizete vacinou-se duas vezes num prazo de uma semana e veio a falecer, vítima de falência múltipla dos órgãos.

Por isso, quando se fala de sequestro, deve-se salientar que ambas as formas de sequestro são condenáveis, mas a população desinformada pela mídia corporativa só toma conhecimento de uma, enquanto é manipulada pela outra.


O Eduardo Guimarães em seu Cidadania tem reforçado a importância dessa luta. E embora não concorde com ele que essa mídia seja o mal (ela é o braço comunicacional dele) endosso a ênfase de que a luta que nós, blogueiros, agentes de comunicação temos que travar é contra essa mídia venal, que tenta impor sua pauta ao governo democraticamente eleito, o que temos que denunciar e combater. Jamais apoiar.

Em 22 de junho de 2007, há quase quatro anos, escrevi aqui:

As Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. Esse peso descomunal deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as Organizações Globo têm a TV Globo (RGTV), os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.

Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.


A implantação urgentíssima do PNBL e a consequente Ley de Medios são lutas que podem impedir que o país retroceda e acabe, por blablablás lacerdistas, nas mãos de quem vai entregar a Petrobras e nossas riquezas, na próxima oportunidade.

Taí um bom tema para o II Encontro de Blogueiros que vai acontecer neste próximo final de semana em Brasília.

Fonte: Blog do Melo

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Mais uma do Simão

Manchete do Piauí Herald: "Galvão Bueno é internado com depressão pós-Ronaldo". Coitado, não tem mais nenhum R pra gritar. Roooonaldo, Ruuuubinho! Rarará!

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Coluna do Pensador

Bernard Shaw: "Você vê as coisas como elas são e pergunta: por quê? Mas eu sonho com coisas que nunca foram e pergunto: por que não?"
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As manchetes desta sexta

- Globo: Bombeiros exigem anistia para negociar com Cabral

- Folha: Eletropaulo é ineficiente sob chuva, diz Alckmin

- Estadão: Ministro da articulação nem saiu e PT se digladia pelo cargo

- Correio: Máfia do transporte usa greve para elevar tarifa

- Valor: Estímulos regionais devem compensar perdas do ICMS

- Estado de Minas: Chuva e vendaval paralisam BH

- Zero Hora: Efeito do vulcão

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Crack e óxi: epidemia socialmente incontrolável

O crack se instalou nas principais cidades do planeta e se tornou uma espécie de epidemia socialmente incontrolável e com consequências destruidoras para os usuários.

É o que revela a Pesquisa sobre a situação do Crack nos Municípios Brasileiros realizada recentemente pela Confederação Nacional de Municípios.
O crack é fabricado a partir da mistura de bicarbonato de sódio com uma pasta de cocaína. A palavra "crack" vem do inglês “to crack” associado ao barulho que as pedras fazem quando queimadas. O óxi, por sua vez, libera, durante a combustão, um óleo extremamente tóxico que pode ser reaproveitado pelo usuário se misturado ao cigarro, fator que amplia o nível de dependência da nova droga.

Ambos são consumidos em cachimbos improvisados ou em latas de alumínio e contam com o auxílio das cinzas de cigarro colocadas embaixo da pedra durante o consumo. Nas bocas de fumo o valor da pedra de crack é padronizado e custa em média 5 reais, já o Óxi sai pela metade do preço.

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Só acontece no Brasil

A Justiça liberta o terrorista Cesare Battisti, que matou pelo menos quatro pessoas na Itália, mas mantém 430 bombeiros presos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Coluna do Pensador

Radar móvel com nome de "estático"

Está funcionando apartir de hoje 08/06 na cvapital mineira o radar móvel, chamado de estátifco, ele vai operar no interior de um veículo Doblo caracterizado e também fora do veículo. Começa a ser operado a partir das 9h de hoje, na avenida Cristiano Machado, na região Nordeste da capital e poderá surpreender os condutores em outras 18 vias da capital mineira onde existe sinalização de fiscalização. O novo radar irá funcionar em todos os dias da semana, inclusive sábados, domingos e feriados.

Mais uma forma de arrecadação...


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As manchetes desta quarta


- Globo: Palocci cai e enfraquece Dilma com apenas 5 meses de governo

- Folha: Crise derruba Palocci; Dilma põe senadora novata na Casa Civil

- Estadão: Escândalo derruba Palocci e senadora assume Casa Civil

- Correio: Palocci cai e Dilma põe senadora na Casa Civil

- Valor: Dilma demite Palocci e nomeia Gleisi

- Estado de Minas: Palocci sai e senadora Gleisi assume Casa Civil

- Jornal do Commercio: Senadora substitui Palocci

- Zero Hora: Queda de Palocci muda perfil do governo Dilma

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Desembargadores vêm negando habeas corpus em Minas a acusados de assalto à mão armada, sob o argumento de que há risco para a sociedade e avaliando a ação como crime organizado. Eles vêm negando habeas corpus a réus acusados de praticar as saidinhas de banco. Em abril, esse recurso foi indeferido a pelo menos quatro acusados. Como o crime virou rotina em Belo Horizonte, onde pelo menos três pessoas são atacadas diariamente, especialistas já o veem como crime organizado e, por isso, defendem a decisão do tribunal.

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Pallocci já era! Sabe o que vai acontecer agora com o governo? Nada! Eis o problema!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Notícias e direitos



O ministro Antonio Palocci (Casa Civil) mentiu nos trechos mais importantes nos “esclarecimentos” à Rede Globo, sexta (3), segundo atestou o perito em veracidade Mauro Nadvorny, da Truster Brasil, que analisou entrevista a pedido da coluna. O equipamento israelense detectou ser falsa a afirmação da “regularidade” do faturamento da empresa de consultoria Projeto através de notas fiscais e pagamento de impostos. Mas Palocci negou “tráfico de influência” com convicção.

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Justiça define critérios para pagar precatórios




O Supremo Tribunal Federal decidirá ainda em junho como municípios, Estados e União devem pagar precatórios, que totalizam cerca de R$ 100 bilhões. Os valores são quitados dando preferência a quem desiste de parte do que tem direito, parcelado em até 15 anos. A OAB chamou de “calote” as regras atuais, de 2009, e as questiona no STF. O relator, ministro Ayres Britto, já pediu a inclusão da matéria na pauta do STF.

O que são precatórios?
São ordens de pagamento provenientes de sentenças judiciais contra a Fazenda Pública Nacional, Estadual ou Municipal. Ao se esgotarem as possibilidades de recursos, a ação é transformada em precatório. A partir daí, a Fazenda é obrigada a quitar a dívida com o credor.

Se você tem uma ação contra o Estado e é de até 1.135,2885 UFESPs, que equivalem a aproximadamente R$ 15.099,33 (quinze mil e noventa e nove reais e trinta e três centavos) - a Fazenda do Estado tem o prazo de 90 dias para pagá-lo. Se o valor exceder, só Deus sabe...

Tenha conhecimento de seus direitos!

Lei proíbe venda de lanche com brindes

Foi aprovada na câmara de veradores de Belo Horizonte "Lei que proíbe a venda de lanche com brindes", é a famosa "venda casada". O prefeito Marcio Lacerda deve sancionar o projeto de lei 1254/ 2010, aprovado pela Câmara Municipal.



De autoria da vereadora Maria Lúcia Scarpelli, a matéria tramitou durante um ano no Legislativo municipal e foi aprovada por unanimidade. " Se o projeto virar lei, as empresas instaladas em Belo Horizonte não poderão mais vender sanduíche ou qualquer tipo de alimento infantil junto com brinquedos.