Ser professor hoje é mostrar aos alunos um ponto de vista do mundo que eles ainda não viram, com dedicação com amor e acima de tudo com esperança de dias melhores.
A educação é um instrumento de transformação do ser humano, pois torna-o capaz de pensar, sentir e agir de forma consciente e plena.
De acordo com Gadotti, "Aprender não é acumular conhecimentos. Aprendemos história não para acumular conhecimentos, datas, informações, mas para saber como os seres humanos fizeram a história para fazermos a história. O importante é aprender a pensar (a realidade, não pensamentos), aprender a aprender".
No decorrer dos tempos, a educação tem evoluído cada vez mais. Com o advento da globalização, o conhecimento - até então restrito - vem sendo socializado, através dos sistemas de informação.
Mas não adianta ter acesso a esse conhecimento sem pensamento crítico e reflexivo. Atualmente estamos passando por profundas transformações na educação, tendo em vista que a informação se propaga extraordinariamente através dos meios de comunicação. Antes, a mesma era pautada em apenas transferir conhecimento - o professor detinha o saber - hoje coloca-se o aluno como centro de aprendizagem. Segundo Gadotti "O Professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito da sua própria formação.
O aluno precisa de construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz". As chamadas TIC colocam o aluno frente a frente com o saber. Cabe ao professor mediar este processo de aprendizagem de forma que o aluno venha ser capaz de "aprender a aprender" e "aprender a fazer", sendo estes os grandes pilares da Educação.
Segundo Gadotti, "diante da velocidade com que a informação se desloca, envelhece e morre, diante de um mundo em constante mudança, seu papel vem mudando, senão na essencial tarefa de educar, pelo menos na tarefa de ensinar, de conduzir a aprendizagem e na sua própria formação que se tornou permanentemente necessária". Há a necessidade de uma nova mudança no papel da educação, passando de apenas transmissão de conhecimentos para colocar em primeiro lugar o "aluno", havendo, desta forma, uma troca de saberes, de experiências, motivações para que o "aluno" seja capaz de "um dia" intervir e de se relacionar com a sociedade/realidade em que se depara, a partir desse conhecimento.
Os desafios educativos colocados pela sociedade atual e pelo trabalho docente são cada vez mais exigentes e em constante mutação. Nos últimos trinta anos, assistiram-se a profundas mudanças sociais que se repercutiram nos comportamentos, estilos de vida, atitudes e valores, com elevado impacto na vida e na profissão dos profissionais da educação (Barros, 2005). É num contexto de incerteza face às mudanças educativas constantes que os professores da "escola de hoje" trabalham tentando, mesmo assim, responder positivamente àquilo que a atualidade escolar exige.
Ser professor hoje é mostrar aos alunos um ponto de vista do mundo que eles ainda não viram, com dedicação, com amor e acima de tudo com esperança de dias melhores.
Concordo com Rubem Alves quando ele menciona: "Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O Professor assim não morre jamais...". É através das nossas atitudes e ações que podemos transformar a educação refundindo num lugar onde todos possam ser incluídos podendo dividir as mesmas oportunidades.
Podemos afirmar que se cada um fizer a sua parte, juntando a sua parte com a dos outros, podemos mudar a realidade atual e, desta forma, olhando o passado perspetivamos o futuro.
Augusto Cury refere: "Educar sempre foi uma arte que dá prazer, mas atualmente passou a ser um canteiro de ansiedade (...), uma semente foi plantada e talvez (...) talvez germine".