sexta-feira, 29 de julho de 2011
A visão de um poeta e dramaturgo: Bertold Brecht (1898-1956)
Aprenda o mais simples! Para aqueles
cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda! Não desanime!
Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Freqüente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você quem vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
(Bertold Brecht, Elogio do aprendizado, In: Poemas 1913-1956, São Paulo, Brasiliense,
1986, p.121)
O “Elogio do aprendizado”, de Bertold Brecht, apresenta a mesma perspectiva da dúvida que liberta. Esta atitude reflexiva e questionadora da realidade pode ser relacionada com o texto propriamente filosófico, mostrando que a poesia também pode provocar questionamentos e atitudes filosóficas. O poema, ao suscitar o exercício do perguntar e do “assumir o comando”, coloca o desafio de se ter uma postura crítica diante dos acontecimentos. Bertold Brecht é um dos autores alemães mais importantes do século XX, especialmente nas suas facetas de dramaturgo e de poeta. De formação marxista, dava grande importância à dimensão pedagógica das suas obras de teatro: contrário à passividade do espectador, sua intenção era formar e estimular o pensamento crítico do público.
Fonte: Filosofia – Volume 5- Propostas de Planos de Curso e Atividades,/Governo do Estado de São Paulo/Secretaria de Educação/Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, 2006
Mandela - para refletir
Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.
Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da conta.
É nossa luz, não nossas trevas, o que mais nos assusta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, grandioso, talentoso e famoso?"
Na verdade, quem não somos?
Você é uma criança de Deus. Seu jogo despretencioso não serve ao mundo.
Não há nada de errado com o retrocesso, assim as pessoas não se sentem inseguras com você.
Nascemos para manifestarmos a glória de Deus dentro de nós. Não apenas dentro de alguns de nós, mas em todos nós.
E quando deixarmos nossa própria luz brilhar, conscientemente daremos às pessoas permissão para fazerem o mesmo.
Quando tivermos nos libertado de nosso medo, nossa presença automaticamente libertará os outros'.
Nelson Mandela
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