sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Questões existenciais

O Homem Vitruviano é um desenho de 1492, feito por Leonardo Da Vinci

Nascer, aprender, viver, experimentar, estabilizar, apreciar, morrer. Não, não é uma reportagem do Régis Rösing. Tais verbos sintetizam, de maneira superficial, sim, porém completa, uma vida. Interessante notar que algo tão complexo, objeto de estudo de mentes privilegiadas, pode ser visto por outro prisma, por um prisma tão simples quanto dois mais dois é igual a quatro. Vamos direto ao ponto: qual o sentido da vida?
Seria uma perda de tempo discutir esta questão? Afinal, diz o velho ditado que cavalo dado não se olha os dentes, e analisando friamente o assunto, pode-se dizer que a vida nos foi dada, é um magnífico presente, o maior e melhor que todos, sem restrição, já recebeu. Mas, por sermos animais pensantes, termos este diferencial em relação aos demais, questões aparentemente irrelevantes, como esta, podem ser discutidas, e às vezes, chegando a resultados que, não sendo definitivos, são interessantes.
Ratificando o que já foi escrito, somos animais, e como tais, acredito que o sentido da vida, tal qual o de outros seres que vagueiam sobre a Terra, é procriar com o intuito de preservar a espécie. Uma opinião gélida, confesso, mas a que se sobressai, atualmente, na minha cabeça. Porém, e buscando outra informação já citada, somos seres pensantes, e sendo assim, viver para procriar é pouco. Nossa mente ambiciona mais, algo que justifique nossa existência, um norte para nos servir de guia no difícil caminho da existência.
Este detalhe, a inteligência, é crucial para tentarmos definir o sentido da vida. Digo, para continuarmos com este texto, já que, querer explicar o sentido da vida em algumas linhas de um blog seria o cúmulo da pretensão. Continuando, graças ao pensamento, temos a necessidade de criar necessidades. Isso é inerente ao ser humano, totalmente natural. A idéia, então, pode ser consolidada da seguinte maneira: como objetivo-mor, subconsciente, está a reprodução; do lado consciente, com aspecto subjetivo e servindo como uma espécie de impulsão, ou melhor… de motivo mesmo, metas, especialmente metas a longo prazo.
Deixemos de lado, agora, o objetivo-mor; concentremos-nos nas metas, na necessidade de se criar necessidades. O sentido da vida é, então, cumprir metas previamente estabelecidas. Estas metas podem ser divididas segundo a importância: em primeiro lugar, as a longo prazo e determinantes na vida, como casar, ter filhos, conseguir um bom emprego, ter uma casa etc. O que vem abaixo delas podem ser consideradas metas secundárias, que, se não servem de caminho para alcançar as metas principais, são dispensáveis, ainda que muitas vezes não as dispensemos por mero capricho.
Dito isto, fica claro que o que vem depois da vida é, de certa maneira, irrelevante. Ninguém, absolutamente ninguém, sabe o que vem depois da morte. Isto é fato, e não há religioso no mundo que consiga me convencer do contrário. Não quero dizer, com isso, que suas crenças e/ou previsões estejam erradas; só digo que, total certeza, ninguém tem. Sendo assim, o que importa, em vida, é o miolo dela, a parte em que lutamos para alcançar nossos objetivos, em que alegrias e tristezas são recorrentes, mas que, com boa vontade e ânimo, culminam com a plena satisfação do dever cumprido. Temos uma mentalidade moldada por filmes, livros e demais apetrechos culturais: o fim é o ápice, a parte decisiva, onde tudo deve fazer sentido, e todas as pontas devem ser presas. Não! O meio, na vida, é o que importa. Viver a vida em sua plenitude, com tudo de bom que ela tem a oferecer, para chegar ao fim com a tranqüilidade que só os bons têm. Por isso que, embora eu possa me arrepender do que escreverei caso um dia vá parar no inferno, não ligo para o que vem depois da morte; o que importa, é o presente, o agora. Para frente, no máximo me preocupo com minhas metas, ainda não definidas, é verdade, mas já com uma vaga forma.
O assunto é grandioso. Não é uma tese definitiva, como todas, mas enfim, é uma tese sobre o sentido da vida. Se estou certo? Parafraseando Sócrates, só sei que isso eu não sei.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vencer significa levantar da queda



Todos nós sentimos medo de vez em quando, isso é normal. “Sinta medo, mas faça o que deve ser feito”, diz o ditado. É isso mesmo. Uma maneira de superar esse medo é manter este pensamento sempre no fundo da mente: vencer não é nada mais do que se levantar a cada queda! Deveríamos nos preocupar menos com a queda e mais com as chances que perdemos quando nem sequer tentamos. Afinal, muitas pessoas que entraram para a história da humanidade e são admiradas no mundo inteiro também falharam várias vezes. Quer exemplos? Então vamos lá:

- Albert Einstein não falava até os 4 anos de idade;

- o professor de música de Beethoven afirmou que como compositor ele era um caso perdido;

- Louis Pasteur foi considerado medíocre em química;

- Michael Jordan foi cortado do time de basquete quando estava no segundo ano do colégio!



Quer mais? então vamos citar eventos da vida de um homem que falhou muitas vezes, mas que continuou voltando a lutar. Veja se você consegue reconhecer de quem se trata. Ele:

- faliu nos negócios aos 22 anos; não se elegeu para a legislatura do Estado aos 23; faliu mais uma vez nos negócios aos 25; perdeu a mulher amada aos 26; não se elegeu para o cargo de orador aos 29; não se elegeu para o Congresso aos 34; foi eleito para o Congresso aos 37; perdeu a reeleição aos 39; não se elegeu para o Senado aos 46 e aos 49….

Esse homem foi ninguém menos do que Abraham Lincoln – eleito presidente dos Estados Unidos aos 51 anos de idade. Ele se levantou após cada queda e finalmente alcançou seu destino, ganhando o respeito e a admiração das pessoas e das nações.



(por Sean Covey, do livro “Os 7 hábitos dos adolescente altamente eficazes”)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

20 Dicas e Pensamentos Para Você Ser Mais Criativo

1. NOTE E ANOTE TUDO.
Crie o hábito de anotar tudo que você vê, lê ou venha a lembrar. Tenha sempre à mão – lápis, caneta e papel –, jamais, confie na memória. "Você está sempre livre
para mudar de idéias e escolher um futuro ou um passado diferente" (Richard Bach).

2. AVALIE AS ANOTAÇÕES.

Defina um dia da semana e faça uma avaliação em suas anotações. Separe as melhores idéias ou coloque-as em ordem de importância. "A vida não é ter na mão boas cartas, mas sim saber jogar com as cartas que ela nos dá" (Josh Billinge).



3. FAÇA UM ESTOQUE DE IDÉIAS.
Arquive de forma simples e de fácil acesso. Procure separá-las por assuntos. Idéias para melhorar sua eficiência, sua qualidade de vida, seu relacionamento com a família e às pessoas. "Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha" (Confúcio).

4. VEJA E OUÇA ATENTAMENTE.
Aprenda a enxergar nos olhos das pessoas o que elas gostariam de dizer e ao ouvir perceba as coisas que não foram ditas. "Você é aquilo que você faz continuamente. Excelência não é uma eventualidade – é um hábito" (Aristóteles).

5. VEJA AS COISAS COMO SE FOSSE A ÚLTIMA VEZ.

Tudo deve ser observado com cuidado e atenção. O processo criativo passa por algumas fases: preparação, incubação, iluminação, verificação e avaliação. Ligue-se nos "detalhes" – são eles que fazem a diferença –, "Aproveite bem as pequenas coisas. Algum dia você vai saber que elas eram grandes" (Robert Brault).

6. ATIVE A SUA CURIOSIDADE.
Veja tudo como se fosse a primeira vez, observe os lugares e as coisas. Fale com o maior número de pessoas, independente da sua classificação social, raça ou religião. "Poucos rios surgem de grandes nascentes, mas muitos crescem recolhendo filetes de água" (Ovídio).

7. CRIAR DEVE ASSOCIAR-SE ÀS PESQUISAS.
Acostume-se a fazer perguntas: O que? Como? Por quê? Onde? Quem? Qual? Quando? "É melhor fazer algumas perguntas do que achar que sabe todas as respostas" (James Thurber).

8. AMPLIE O SEU CONHECIMENTO.
Assista filmes (independente da época que foram produzidos), faça viagens, leia livros, conheça novas pessoas, assista transmissões esportivas, musicais, palestras. "As idéias são como filhos errantes: aparecem quando menos se espera" (Bern Willians).




9. NUNCA "ACHE" NADA. PROCURE "ENTENDER".
Não faça julgamentos precipitados através da "achologia". Ser criativo requer dedicação, metodologia, determinação e persistência. "A excelência consiste em fazer algo comum de maneira incomum" (Booker Washington).


10. MANTENHA O CÉREBRO LIGADO.
Você tem de estar atento a todas as possibilidades. Numa fração de segundos, uma nova idéia poderá passar a sua frente e a sua mente deve estar aberta para recebê-la. "O ontem, foi-se. O amanhã pode não vir. O que temos é o agora" (Plutarco).

11. SEJA OTIMISTA E POSITIVO.
O ser criativo visualiza insistentemente os pontos fortes das "coisas"; nas relações profissionais, de lazer e familiar. Pensar e agir com otimismo, contribui na realização dos objetivos. "O covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste" (Norman Vincent Peale).

12. TODO DIA É DIA PARA PENSAR.

Defina um local e separe todos os dias dez minutos do seu tempo. No final de um mês você terá utilizado 300 minutos ou cinco horas. "Quem mata o tempo não é um assassino é um suicida" (Millor Fernandes).

13. AS GRANDES IDÉIAS NASCEM DE PEQUENOS "LAMPEJOS".
Portanto, seja persistente. Combine, adapte, altere, diminua, aumente, associe, substitua, reorganize e se ainda não encontrar a utilização da sua criação, inverta tudo. Nunca desista. "A visão sem ação não passa de um sonho. A ação sem visão é só um passatempo. A visão com ação pode mudar o mundo" (Joel Baker).

14. COMBATA OS DESEQUILÍBRIOS DA VIDA MODERNA.
Pessimismo, barulho, tabagismo, alcoolismo, negativismo, fadiga e outros excessos que o levem a irritação e desequilíbrio. "Tudo de bom acontece às pessoas com disposição alegre" (Voltaire).

15. CULTIVE O BOM HUMOR.
A criatividade depende do seu senso de humor. Mantenha-se de bem com a sua vida e as coisas que a rodeiam. Veja as coisas com alegria e desprendimento. "O segredo da felicidade não é fazer sempre o que se quer, mas querer sempre o que se faz" (Leo Nikolayevich, Conde Tolstoi).



16. TENHA CORAGEM E AUTOCONFIANÇA.

A coragem deve estar atrelada à sua determinação "de poder atingir o que deseja, quer e acredita". A autoconfiança, desenvolvida através de habilidades, atitudes e autodesenvolvimento. "Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos" (Eduardo Galeano).

17. SAIBA UTILIZAR O SEU TEMPO.

Deixe a ociosidade de lado e aproveite ao máximo o tempo que é só seu. Lembre-se de que a maioria das grandes idéias foram criadas nos momentos ociosos de seus criadores. "Minhas invenções são fruto de 1% de inspiração e 99% de transpiração" (Thomas Edison).

18. UM PRODUTO PRONTO DEVE SER APRESENTADO.

Mesmo que a sua idéia não esteja totalmente concluída, coloque-a em prática e vá acertando, até atingir a finalização. Lembre-se de que é muito melhor colocar uma pequena idéia em prática que uma grande idéia arquivada. "Nunca é tarde para tentar o desconhecido. Nunca é tarde para ir mais longe" (D'Annunzio).

19. SAIBA DESCOBRIR OS EVENTUAIS DEFEITOS.

Exija do seu subconsciente e faça-o atuar. Ele precisa dia e noite, ser alimentado de cada passo dado na finalização das idéias. Reestude. Verifique. Repense. E encontre onde foi cometido o deslize. "O pessimista é aquele que reclama do barulho, quando a oportunidade bate à sua porta" (Michael Levine).

20. APROVEITE E DESFRUTE DOS RESULTADOS.

A criatividade não deve ser entendida como um dom ou algo que só os iluminados possuem. Todo ser humano possui e pode explorá-la. Basta querer fazer com que as idéias fluam e transformem-se em realizações. Uma vez produzidas é só usufruir. "Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos. É justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis" (Seneca).

sábado, 30 de julho de 2011

A parábola e a verdade


Os pastores de Arcádia (1638-39) Nicolas Poussin


Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

— Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

— Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

(Conto Judaico)


O ser humano no decorrer da história da humanidade sempre procurou dar conta da realidade, mas quando se trata da verdade nua e crua não conseguem encara´-la, tentam disfarçá-la com roupagens que pertencem ao imaginário.
A verdade e a parábola são úteis em nosso cotidiano, em casa, no trabalho, reuniões; por tratar de valores e ter o poder de transformar vidas.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A visão de um poeta e dramaturgo: Bertold Brecht (1898-1956)




Aprenda o mais simples! Para aqueles

cuja hora chegou

Nunca é tarde demais!

Aprenda o ABC; não basta, mas

Aprenda! Não desanime!

Comece! É preciso saber tudo!

Você tem que assumir o comando!

Aprenda, homem no asilo!

Aprenda, homem na prisão!

Aprenda, mulher na cozinha!

Aprenda, ancião!

Você tem que assumir o comando!

Freqüente a escola, você que não tem casa!

Adquira conhecimento, você que sente frio!

Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.

Você tem que assumir o comando.

Não se envergonhe de perguntar, camarada!

Não se deixe convencer

Veja com seus olhos!

O que não sabe por conta própria

Não sabe.

Verifique a conta

É você quem vai pagar.

Ponha o dedo sobre cada item

Pergunte: O que é isso?

Você tem que assumir o comando.

(Bertold Brecht, Elogio do aprendizado, In: Poemas 1913-1956, São Paulo, Brasiliense,

1986, p.121)

O “Elogio do aprendizado”, de Bertold Brecht, apresenta a mesma perspectiva da dúvida que liberta. Esta atitude reflexiva e questionadora da realidade pode ser relacionada com o texto propriamente filosófico, mostrando que a poesia também pode provocar questionamentos e atitudes filosóficas. O poema, ao suscitar o exercício do perguntar e do “assumir o comando”, coloca o desafio de se ter uma postura crítica diante dos acontecimentos. Bertold Brecht é um dos autores alemães mais importantes do século XX, especialmente nas suas facetas de dramaturgo e de poeta. De formação marxista, dava grande importância à dimensão pedagógica das suas obras de teatro: contrário à passividade do espectador, sua intenção era formar e estimular o pensamento crítico do público.

Fonte: Filosofia – Volume 5- Propostas de Planos de Curso e Atividades,/Governo do Estado de São Paulo/Secretaria de Educação/Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas, 2006

Mandela - para refletir



Nosso medo mais profundo não é o de sermos inadequados.

Nosso medo mais profundo é que somos poderosos além da conta.

É nossa luz, não nossas trevas, o que mais nos assusta.

Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, grandioso, talentoso e famoso?"

Na verdade, quem não somos?

Você é uma criança de Deus. Seu jogo despretencioso não serve ao mundo.

Não há nada de errado com o retrocesso, assim as pessoas não se sentem inseguras com você.

Nascemos para manifestarmos a glória de Deus dentro de nós. Não apenas dentro de alguns de nós, mas em todos nós.

E quando deixarmos nossa própria luz brilhar, conscientemente daremos às pessoas permissão para fazerem o mesmo.

Quando tivermos nos libertado de nosso medo, nossa presença automaticamente libertará os outros'.

Nelson Mandela

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Escritor, o feiticeiro das palavras



Por Ricardo Gondim

O escritor é desalmado que ciranda com sentimentos alheios. Para escrever de verdade, nunca considera os danos que possa causar. E quando pensa no bem que espalha, imagina-se incapaz.

O escritor é doído. Não conheço nenhum que nunca apanhou de mentores, professores, gramáticos. Esmagados no cadinho do sofrimento, muitos passaram fome; conhecem as bordoadas da vida. Quem não se vale do próprio sangue para desenhar palavras, produz textos insípidos e inodoros. Texto parido sem dor é pinto de incubadora.

O escritor é desvairado. Suas divagações, personagens e mundos não passam de maluquices; mas que maluquices! De onde vem a imaginação que o faz delirar? No transe, enxerga o imperceptível, navega no mistério, descreve o insólito, adensa o intangível. Quem lhe deu faro fino para narrar, com precisão, as contradições na alma humana? Por que suas estórias parecem histórias?

O escritor é porta-voz do sobrenatural. Impossível não suspeitar que por detrás dos melhores textos não haja pacto escondido, eleição misteriosa. Todo o escritor é possesso. Forças estranhas, aliás, estranhíssimas, o dominam. Esse deve ser o motivo de tanta perseguição aos livros. Ele canaliza uma força que amedronta os amantes do poder. Os livros queimados, os "Nihil Obstat”, os “Imprimatur", atestam o medo dos opressores diante da página impressa, copiada, datilografada, mimeografada, digitalizada, faxeada ou imeilizada.

O escritor é solitário. O lugar de trabalho já o torna asceta, anti-social. Diante do teclado, vira parente de faquir, trapista, anacoreta. Enquanto produz, não considera seu deserto uma privação. Ele adora o silêncio, vive a reclamar dos dias ensolarados e alegra-se com nuvens escuras. Viciado em letras, tudo vira desculpa para trancafiar-se. Ninguém deve se melindrar com escritor de resposta monossilábica. Geralmente, o escritor não tolera alongar conversa.



O escritor é hipnotizador. Seu poder de sedução supera os encantadores de serpentes . Também mágico, consegue ludibriar até crítico literário. Podem xingar qualquer escritor de "bruxo que enfeitiça com palavras" e ele vai considerar elogio. Também não se ofende quando tratado de "padeiro que transubstancia sua carne em pão".

O escritor é profeta. Docente do céu, interprete de oráculo divino, ele se esmera em construir pontes entre dois mundos: este, empoeirado, e o que transcende, eterno.

Mesmo quando escreve na areia, suas palavras nunca passarão - alguém vai talhá-las nas tábuas do coração.

terça-feira, 26 de julho de 2011

O Vaso e Deus (Diálogo)


Hoje vivenciei uma experiência sublime. Vi um diálogo de Deus com um vaso. O vaso chorava, suplicava e questionava a Deus o porquê de tudo. Então Deus lhe respondeu:
- Vaso, você veio do pó da terra. Para que fosse possível ti moldar EU derramei sobre você a água da vida, pois só a água seria capaz de dar liga o suficiente para passar pelo processo da vida.
- Eu sei Pai, a dureza de meu coração e as imundícies me impedia de chegar a ti. Mas era necessário todo esse processo?
- Sim, Vaso. As pequeninas pedrinhas que se encontravam em seu caminho não permitiam que você passasse pelo triturador de Deus. Por causa delas você passou uma, duas e mais vezes pelo mesmo caminho.
- Sei.
- Você sabia, mas não entendia. Por vezes, até resistia. Neste momento, eu ti deixava descansar. Descansou uma vez, duas e três vezes. Mas não se livrava das impurezas.
- Sofri muito nesse momento. As minhas limitações não me permitiam enxergar além.
- Pois então, foi neste momento que percebi a necessidade de tocar em você. Como oleiro comecei a ti amassar com minhas próprias mãos.  Foi necessário dar - ti uma nova forma. Lembra quando disse: “Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas”? (Mc 14:58)
- Claro, só não entendia como.
- Pois então, por três dias você foi provado e passou pelo fogo consumidor. As impurezas que ainda restavam foram purificadas e exterminadas. Você estava pronto.
- Sim, agora estou sensível a voz do Senhor. Tenho as marcas de suas mãos. Suas digitais fazem parte de minha vida.
- Mas Vaso, não se esqueça, vigie, ore, medite em minhas palavras. Pois, o cair é do homem, mas o levantar é de Deus. Sempre estarei aqui para ti auxiliar, confortar e consolar. E caso caia, não se desespere. Se humilhe e retorne ao pó da terra, somente assim será possível uma restauração.
O vaso olhou para Deus, agradeceu e prosseguiu em seu caminho. Sua missão era ser usado por uma mulher para derramar o óleo nardo sobre Jesus Cristo, o Salvador.

Autor: Raul Nogueira Nogstory
Twitter: @nogstory / Email: nogstory@gmail.com
http://www.recantodasletras.com.br/autores/RaulNogueira 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estudo identifica tribo que não conhece conceito de tempo


Tribo Amondawa não tem uma palavra equivalente a tempo, nem mesmo para descrever períodos como mês ou ano


Pesquisadores brasileiros e britânicos identificaram uma tribo amazônica que, segundo eles, não tem noção do conceito abstrato de tempo.

Chamada Amondawa, a tribo não tem as estruturas linguísticas que relacionam tempo e espaço – como, por exemplo, na tradicional ideia de “no ano que vem”.

O estudo feito com os Amondawa, chamado “Língua e Cognição”, mostra que, ainda que a tribo entenda que os eventos ocorrem ao longo do tempo, este não existe como um conceito separado.

A ideia é polêmica, e futuras pesquisas tentarão identificar se isso se repete em outras línguas faladas na Amazônia.

O primeiro contato dos Amondawa com o mundo externo ocorreu em 1986, e, agora, pesquisadores da Universidade de Portsmouth (Grã-Bretanha) e da Universidade Federal de Roraima começaram a analisar a ideia de tempo da forma como ela aparece no idioma falado pela tribo.

“Não estamos dizendo que eles são ‘pessoas sem tempo’ ou ‘fora do tempo’”, explicou Chris Sinha, professor de psicologia da língua na Universidade de Portsmouth.



Pesquisadores estudaram a língua da tribo Amondawa

“O povo Amondawa, como qualquer outro, pode falar sobre eventos e sequências de eventos”, disse ele à BBC. “O que não encontramos foi a noção de tempo como sendo independente dos eventos que estão ocorrendo. Eles não percebem o tempo como algo em que os eventos ocorrem.”

Tanto que a tribo não tem uma palavra equivalente a “tempo”, nem mesmo para descrever períodos como “mês” ou “ano”.

As pessoas da tribo não se referem a suas idades – em vez disso, assumem diferentes nomes em diferentes estágios da vida, à medida que assumem novos status dentro de sua comunidade.

Mas talvez o mais surpreendente seja a sugestão dos pesquisadores de que não há interconexão entre os conceitos de passagem do tempo e movimento pelo espaço. Ideias como um evento que “passou” ou que “está muito à frente” de outro são comuns em muitas línguas, mas tais construções linguísticas não existem entre os Amondawa.

“Isso não significa que (as construções) estão além das capacidades cognitivas da tribo”, prosseguiu Sinha. “Apenas não são usadas no seu dia-a-dia.”

Quando os Amondawa aprenderam português – que está se tornando mais comum entre eles -, eles facilmente incorporam a noção do tempo em sua linguagem.

A hipótese dos pesquisadores é de que a ausência do conceito de tempo se origina da ausência da “tecnologia do tempo” – por exemplo, sistemas de calendário e relógios. Isso, por sua vez, pode estar relacionado ao fato de que, como muitas tribos, o sistema numérico detalhado dos Amondawa é limitado.

Termos absolutos

Tais argumentos não convencem Pierre Pica, linguista teórico do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), que foca seus estudos em uma outra língua amazônica, conhecida como Mundurucu.

“Relacionar número, tempo e espaço por uma simples ligação causal parece sem sentido, com base na diversidade linguística que conheço”, disse ele à BBC News.

Pica diz que o estudo sobre os Amondawa “tem dados muito interessantes”, mas argumentos simplificados.

Sociedades pequenas como os Amondawa tendem a usar termos absolutos para relações espaciais normais – por exemplo, referir-se à localização específica de um rio que todos na comunidade conhecem bem, em vez de usar uma palavra genérica para rios.

Em outras palavras, enquanto os Amomdawa podem ver a si mesmos se movendo através de arranjos temporais e espaciais, seu idioma talvez não reflita isso de uma maneira óbvia.

Novos estudos devem aprofundar o conhecimento sobre o assunto, diz Sinha.

“Queremos voltar (à tribo) e verificar (a teoria) novamente antes que a língua desapareça – antes que a maioria da população comece a aprender desde cedo a usar sistemas de calendário.”

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 19 de julho de 2011

AJUDE OS OUTROS A VENCER


Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles.

Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: "Pronto, agora vai sarar".

E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.
E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.

Talvez os atletas fossem deficientes mentais... Mas, com certeza, não eram deficientes da sensibilidade... Por que?
Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho.

O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, vencer junto, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso." 


Autor desconhecido

por CaetanoSr em 11/07/2010 20:56  
http://elevando.dihitt.com.br/noticia/ajude-os-outros-a-vencer

sábado, 16 de julho de 2011

Quem será quando crescer?



Quando criança, quem imaginava ser quando adulto?
Que imagem de si projetava para o futuro?
É irônico como a maioria das pessoas, não é aquilo que gostariam de ser. Médicos que gostariam de ser pilotos, engenheiro que sonhavam em ser comediante e o campeão de todos, marceneiros, policiais, bombeiros, enfermeiros, dentista...que queriam ser jogadores de futebol.
Se não fosse quem é, quem gostaria de ser?
Temos a tendência ao longo da vida de criarmos determinados padrões que nos servem como guia. Uma das características desses padrões é se perpetuar em nosso interior, servindo como uma referencia para tomada de decisões sejam pessoais (sentimentais) ou profissionais. E acostumamos repetir padrões, nos convencendo que o nosso caminho nos levou até ali e que não existem outras estradas.
Será que somos realmente essa imagem que criamos? É o verdadeiro eu?
Não será uma armadilha a simples busca da aprovação das pessoas, o reconhecimento da sociedade, a admiração dos colegas? Consigo perceber que enquanto os outros me categorizam, corro o risco de me tornar refém na tentativa da manutenção daquela imagem, por mais distorcida que seja?
Deixamos que qualquer idéia nos leve para qualquer caminho, sem a percepção do que nos transformaremos até chegar ao destino?
Posso ser quem quiser?Estou feliz com quem sou?



Se a única coisa constante no universo é a mudança, porque somos tão avessos a ela, se é inevitável? Tudo a nossa volta está mudando constantemente e cada vez mais rapidamente. Se sinto que não consigo acompanhar essas mudanças externas, o que fazer? E se alguns desses padrões que criei estão me bloqueando? A resposta seria a mudança, mas como mudar?
Paradigmas é o modo como vemos o mundo, quando você quebra paradigmas triplica as possibilidades em sua vida. Se tiver coragem de romper laços, quebrar padrões e não precisar da aprovação dos outros, você pode se transformar no que quiser.
Comece a pensar diferente, ver as pessoas com outros olhos, rompa padrões, veja o que não costuma ver, vá onde nunca foi, leia mais, sorria mais, converse mais, repare mais nas pessoas e na vida, não tenha medo de se arriscar, surpreenda-se, mude o assunto, não tenha medo de ser incompreendido, encare sua humanidade sabendo que sempre será cheio de ambiguidades. Convença-se que temos defeitos e como humanos sempre teremos. Não tenha medo se ser humano, não se compare com ninguém, se apaixone, perdoe, ame, pergunte, questione, pense, erre, acredite, seja simples, agradeça sempre, a vida acontece a medida que se expõe a ela.
A decisão de sua vida está em suas mãos, é apenas questão de escolha, mas para isso é preciso coragem e pagar o preço.
Quem você vai querer ser quando crescer?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Análise das compras coletivas "groupons"




Como funciona as compras coletivas pela internet?
Veja nessa matéria do jornalista Luis Nassif:

A Segunda bolha da internet



A internet já é uma realidade mais concreta do que na fase da primeira bolha, no início dos anos 2000. Já existe o uso extensivo de suas ferramentas e há negócios consolidados em vários setores. Mas há também uma bolha em curso. Nos Estados Unidos há projetos pagando 270 vezes a receita líquida. Um dos pioneiros brasileiros da internet, hoje radicado nos Estados Unidos, Marcelo Ballona relata casos de uma empresa praticamente sem sede que conseguiu captar US$ 100 milhões em cima de uma avaliação do projeto total de US$ 1 bilhão.

O momento é muito parecido com o estouro da bolha de 2.000, com a diferença de que, na época, a economia mundial era muito mais sólida.

Um dos pontos centrais da bolha são os chamados sites de compras coletivas. Hoje em dia, nos Estados Unidos há mais de 1.500 sites do gênero, criando um problema complicado para as lojas parceiras. De um lado, porque a maioria dos groupons (nome dessa modalidade de sites) vendida audiências fictícias. Depois, porque as promoções pouco agregavam às empresas. Por exemplo, uma pizzaria vendia pizzas a R$ 15,00. Entrava em uma promoção e o site de compras oferecia a R$ 3,00. A pizzaria lotava, mas de um público que, passada a promoção, dificilmente voltaria lá. Não era seu público alvo.

As pizzas e o cãozinho

Hoje em dia, a bolha está provocando toda sorte de incursões, do marido de Demy Moore a Lady Gaga. Tomam-se alguns critérios, como visibilidade pública, número de seguidores no Twitter e, a partir daí, define-se a precificação do projeto. Entram nessa mixórdia muitas ideias que não prosperaram na primeira bolha, como sistemas de reservas em hotéis, sites de viagem etc. Em muitos casos, monta-se o site, a realidade virtual, mas não se acertam sequer os contratos com os hotéis cadastrados.

No início da bolha da internet, foi famoso o caso do cãozinho do iG e o sistema de franquias em pizza. Para incrementar o valor do iG, o publicitário Nizan Guanaes anunciou, além da venda de flores, a venda de pizzas pela internet, com a marca iG e o símbolo do cãozinho. Só que era o tipo do negócio que não poderia ficar apenas no virtual. Tinha que cadastrar pizzarias, definir cardápio, ambiente etc. Obviamente, o projeto sequer saiu do lugar.

O fenômeno da bolha está restrito

Outro complicador são as mudanças que estão ocorrendo no mercado de celulares, smartphones e tablets. Ontem (14/6), a Apple lançou o iPhone 100% desbloqueado. Isto é, poderá ser vendido a qualquer pessoa que poderá optar por qualquer operadora.

Além disso, os novos sistemas operacionais de smartphones estão alijando rapidamente grandes fabricantes do mercado, redesenhando o ranking global. É uma revolução similar à que ocorreu no lançamento do Windows, que permitiu à Microsoft alijar a maior parte dos concorrentes, fabricantes de aplicativos. Agora, a própria Microsoft está ameaçada, no terreno dos sistemas operacionais de celulares.

Hoje em dia, o fenômeno da bolha está restrito à economia norte-americana. Por aqui, há inúmeros projetos tecnológicos sendo analisados, mas com uma boa dose de realismo.







O modelo do “groupon” é o seguinte:

1. O site vai até o comerciante e compra, digamos, R$ 21.000,00 em promoção. Paga em três prestações: em 5 dias, em 30 e em 60 dias.

2. Em seguida faz a promoção no seu site, incluindo no preço de promoção sua comissão. Recebe à vista dos clientes e roda com parte do dinheiro em até 60 dias.

3. Quita a última prestação com o comerciante e fecha o ciclo. Isso, em tese.

No fundo, trata-se de uma versão moderna da operação chamada de compra de recebíveis”. Paga-se na frente o que a empresa irá produzir nos próximos meses.

Ciclo de venda

Pegou como febre nos Estados Unidos, gerando um negócio altamente inflamável.

O primeiro ponto são os custos de comercialização do “groupon”, campanhas caras para atrair o maior número possível de interessados.

Depois, a corrida para evitar “encalhes” de promoção. Se encalhar, consome parte de seu capital de giro.

A receita do “groupon” é função do valor do vale, da parcela de receita que fica com o site e da quantidade de promoções vendidas. Essa quantidade é função, entre outros fatores, do tamanho do desconto. Quanto maior o desconto, maior será o volume negociado.

Por isso mesmo, os vendedores do site são instados a procurar promoções cada vez mais agressivas.

Ocorre então o fenômeno da seleção adversa. Em princípio, a operação só irá interessar a comerciantes em dificuldades. Há baixa probabilidade de fidelização do cliente atraído por esse tipo de promoção.

Com as condições cada vez mais restritivas do site, acabam entrando apenas as empresas com maiores dificuldades com o sistema bancário.

Está certo que o risco do site é minimizado pelo fato do ciclo de venda ser de apenas 60 dias. Mesmo assim, corre-se o risco de comprar o produto e o comerciante quebrar antes da entrega.

Fluxo de caixa

Os riscos da bolha norte-americana são enormes. Grandes players – como Google e Facebook – estão entrando nesse mercado. Há uma corrida dos “groupons” atuais para formar um estoque de clientes cadastrados e poder vender para os gigantes que chegam.

De certo modo é o que está ocorrendo com o “groupon” Peixe Urbano. O investimento publicitário feito é tipicamente para consolidar uma multidão de usuários e aumentar o valor na hora de vender para um player estrangeiro.

Foi esse movimento que levou Luciano Huk a aproveitar os desastres da região Serrana do Rio para captar clientes – induzindo o público a dar contribuições através de inscrições no site.

Nessa corrida, pelo menos nos EUA está de abrindo mão da cautela financeira. Eventuais estoques encalhados de promoção acabam sendo cobertos em um efeito corrente da felicidade – os clientes de hoje ajudando a bancar os compromissos de ontem.

Por ser uma atividade não-bancária, estão fora do sistema de supervisão das autoridades.

Há o risco, então, do desequilíbrio do fluxo de caixa do “groupon”, do acúmulo de estoques não vendidos, da não entrega de produtos combinados (da parte dos comerciantes em maior dificuldade).

[Luis Nassif é jornalista]

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O pinheiro não!




O pinheiro não!

Por Leno Costa

Há momentos que nos marcam e nos fazem refletir para a vida toda. Era manhã ensolarada, naquela cobertura somente eu e meu pai, e uma ordem de serviço que dizia: impermeabilizem a jardineira. Mas para tal, era necessário remover a terra e algumas folhagens que esquecidas e ressecadas, não mais ornamentavam.
Foi quando meu companheiro de labuta delegou-me a tarefa de remover a vegetação enquanto ele preparava o composto impermeabilizante. Com vigor adolescente e o desejo de contribuir com o meu melhor, apanhei um facão que estava na bolsa e não sei por que razão meus olhos foram seduzidos por um pinheiro maior que eu que estava no centro da jardineira. Como um herói que golpeia o desafeto com o sentimento de estar prestando um favor à sociedade, golpeei o arbusto por varias vezes reduzindo-o a apenas um pendão esfolado e derrotado.
Foi então quando ouvi um grito que ecoou; “o pinheiro não”! Era meu pai atônito e ofegante que com as mãos na cabeça lastimava a ofensa feita ao arbusto que não era vilão e sim o preferido do dono da casa e o xodozinho da jardineira. Pois era nele que todos os finais de ano se penduravam bolinhas de natal e depositavam a seus pés presentes. Ele, o xodozinho da família pousara antes para diversas fotos da família e ornamentava seus encontros familiares.
Mais tarde meu pai conseguiu contornar a situação, pois, gozava de estima por parte do empregador por ser ótimo profissional e levaram em conta a minha pouca idade e desconhecimento.
Esta história é tão real quanto o fato de termos que conviver em uma sociedade pós-moderna que, olha para os valores como desafeto e inimigo a ser vencido em nome do próprio bem estar. Homens adolescentes que sem maturidade e descompromissados com o social, aplicam golpes nos valores estabelecidos reduzindo-os a nada.
São pobres por não discernirem o bem e o mal. Atribuem bem ao que é mal e chamam de abominável aquilo que é belo e sustentáculo. A verdade se tornou relativa. Como loucos, vagueiam, mesmo tendo a tecnologia a seu favor.
É preciso pensar nos marcos antigo não com desdém, mas como referencial e estrutura importante para nos projetar como pessoas que pensam, escolhem e sentem. Não podemos arrancar os pinheiros como se fossem ervas daninhas. É preciso pensar.

Leno costa é teleólogo e co-autor do blog.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Democracia na Rede

Rede social vai eleger 'governo global'

Plataforma pretende colocar à disposição dos usuários da rede um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes (Renata Honorato)

Interface de perfil do Mynetgov Interface de perfil do Mynetgov (Reprodução)
 
Em um ato simbólico diante da sede da ONU, em Nova York, será lançada nesta segunda-feira uma rede social diferente, a Mynetgov. A plataforma nascida em Portugal pretende colocar à disposição dos usuários da internet um fórum para questões de interesse mundial, além de eleger representantes para um também simbólico governo planetário. O ambicioso objetivo da comunidade é influenciar decisões tomadas por governos nacionais em diferentes partes do globo.
Um debate sobre o futuro e a preservação da Amazônia, por exemplo, poderia ocorrer na rede, incentivando a elaboração de um "projeto de lei" do governo virtual. Se aprovado, passaria a ser uma causa defendida pelo Mynetgov. O processo, é claro, não tem valor legal.
Qualquer usuário a partir de 13 anos poderá se cadastrar. Todos os participantes poderão, por sua vez, se candidatar a cargos do "governo": serão 6.000 congressistas (equivalente aos deputados federais e senadores brasileiros), doze ministros e um presidente. Haverá também "cargos" de juiz. Ao menos oito ministérios serão obrigatórios: internet, globalização, paz, educação, ambiente, esporte, cultura e humor.
A votação para a eleição dos representantes acontecerá na própria plataforma, entre os dias 15 e 31 de dezembro. A posse será no dia 1º de janeiro. Cada membro da rede votará em um candidato à presidência e em cinco representantes (congressistas) para mandatos de um ano.
"Esta será a primeira plataforma totalmente democrática", diz Diamantino Nunes, um dos fundadores da plataforma, mais conhecido como presidente do Comitê World Bike Tour, evento ciclístico que ocorre nas cidades de Lisboa, Porto, Madri, Paris e São Paulo. "Apresentaremos o projeto à ONU e enviaremos a todos os governos, inclusive o chinês, um comunicado solicitando a participação da população", completa, fazendo especial referência ao governo de Pequim, que mantém um rígido controle sobre a informação e a expressão no país.
Assista ao vídeo da campanha de lançamento da rede social: 

O fórum terá suporte para oito línguas: inglês, espanhol, francês, português, italiano, alemão, árabe e chinês. Quarenta pessoas participaram da concepção da ferramenta. Entre os colaboradores está um brasileiro, o deputado federal Walter Feldman (sem partido-SP), licenciado do cargo - ele está em Londres para acompanhar a preparação para a Olimpíada de 2012 a serviço da prefeitura de São Paulo, embora os jogos de 2016, no Brasil, acontecerão, como todos sabem, no Rio.
Para Feldman, o Mynetgov poderá estimular até os partidos a adotar definitivamente a internet como ferramenta para escutar a população. "O projeto será importante para a política moderna", diz. "A ideia de colocar em prática a democracia direta, onde as decisões são tomadas com base na opinião coletiva, é muito animadora."

Matéria da Revista Veja posta no dia 11/07/2011 - 12:15
http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/mynetgov-vai-eleger-primeiro-governo-global-da-internet 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

INCERTEZAS


Agora são trinta minutos de um novo dia! Não sei o que vai ser ou como vai terminar, mas é um novo dia! O momento é de reflexão, inquietação e desassossego. A certeza que eu tinha, não tem mais. As dúvidas que nasceram me levam há um mundo de insensatez e de incertezas. O que faço ou o que devo fazer?
As encruzilhadas da vida ou das armações da morte me atormentam. Vida que não parece vida, que não proporciona a felicidade ou mesmo a certeza de uma vida medíocre. Acha-se sempre que um dia vai chegar, prevalecer e concluir. Apenas acha-se. Eu pensava que sabia e compreendia a vida do jeito que ela é. Não sei. Não tenho certeza que as sementes que plantei vão germinar, crescer e florescer. Sequer sei se as sementes que plantei são frutíferas ou ervas daninha, e de fato o que elas vão gerar. Portanto, se não sei o resultado final de minhas ações, qual vai ser o fim de minhas reflexões?
O mundo nos proporciona poucas certezas e diversas frustrações. A pouca certeza que tenho é a de viver o agora e o momento, a de respirar e apenas sonhar. A outra é a de quase chegar. Chegar próximo dos sonhos e num breve instante imaginar. A outra certeza que tenho é a da morte, sei que um dia ela vai chegar. Às vezes, ela chega primeiro para a alma ou mesmo o desejar viver, mas o fim é a certeza de que um novo dia nunca mais vai chegar.
O poeta Salomão diz que o homem não sabe à hora, pois “Tudo lhe está oculto no futuro” (Eclesiastes 9). Mas que futuro, se sequer saberemos se vamos estar lá? Das incertezas que tenho que são várias, até posso a Deus questionar. Mas, se não tenho certeza que vivo como Deus pode se aproximar? Se não temos certeza daquilo que vimos e ouvimos, como podemos ter certeza daquilo que às vezes sequer sentimos?
Enfim, não sei o que dizer, o que pensar e o que fazer. Minhas inquietações continuam, o desassossego perdura e me incomoda. As incertezas me levam à diante, na esperança de um dia obter as respostas necessárias às minhas indagações. Neste momento, a única certeza que tenho é do último instante, porque do passado qualquer um pode se apropriar.
Autor: Raul Nogueira Nogstory
Nogstory@gmail.com / Twitter: @nogstory

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sustentabilidade Social




Nunca se ouviu tanto na palavra sustentabilidade como na atualidade. Mas, afinal o que significa essa palavra? Segundo a Wikipédia: “sustentabilidade é um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental equilibrado, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. Esta concepção começa a se formar e difundir junto com o Como isso funciona na prática? Como aplicar no dia-a-dia?
Na prática esse conceito de sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir.
Dentro da sustentabilidade existe várias sub-divisões, entre elas destacamos a sustentabilidade social, que está baseada na melhoria da qualidade de vida da população, eqüidade na distribuição de renda e de diminuição das diferenças sociais, com participação e organização popular.
O modo de vida pós-capitalista levou não apenas o homem, mas também o próprio espaço urbano a degradações. A desigualdade social, o uso excessivo dos recursos naturais por uma parte da população enquanto a outra cresce desmedidamente são fatores que são extremamente combatidos no âmbito da sustentabilidade social. Pode-se afirmar que a sociedade obedece a relações intrínsecas com os outros setores de base da sociedade (acesso a educação, desenvolvimento das técnicas industriais, econômicas e financeiras, além dos fatores de ordem político e ambiental) então um primeiro passo que deve ser tomado para a resolução dos agravantes sociais é justamente a responsabilidade social e a agregação a sustentabilidade desses setores.
A sustentabilidade social visa o bem-estar da sociedade de hoje e a de amanhã em iguais medidas. Para que ela de fato se concretize é necessária grande campanha de divulgação, instalada tanto pelas macroestruturas (setores políticos e básicos) quanto por empresas que visem os projetos e a aplicação da mesma. A mobilização social para esse fim também é um fator determinante para a melhora da qualidade de vida.



O que fazer para que contribua na construção de um mundo melhor para meus filhos e meus netos (geração futura)? Como me enquadro nessa mobilização social para conscientização de mais cidadãos, empresas e governo? Como penso sobre qualidade de vida? Será que o que importa é apenas minha necessidades momentâneas de utilizar os recursos naturais ou não? O que posso fazer para melhorar o modelo econômico, político, social, cultural, ambiental de minha comunidade? Ou apenas ver a vida passar?
Pense nisso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Realidade das instituições bancárias no Brasil

SAIBA A DIFERENÇA ENTRE POUPAR 100 REAIS E DEVER 100 REAIS PELO MESMO TEMPO NO BRASIL.



Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na poupança em qualquer banco, no dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do Real), teria hoje na conta a FANTÁSTICA QUANTIA de R$ 374,00 (Trezentos e Setenta e Quatro Reais).

Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, teria hoje uma pequena dívida de R$139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinqüenta e Nove Reais), no mesmo banco.

Ou seja: com R$ 100,00 do Cheque Especial, ele ficaria devendo 9 Carros Populares, e com o da poupança, conseguiria comprar apenas 1 pneu.
Não é à toa que o Bradesco teve quase R$ 2.000.000.000 (Dois Bilhões de Reais) de lucro liquido somente no 1º semestre, seguido de perto do Itaú e etc...



Dá para comprar um outro banco por semestre!

E os juros exorbitantes dos cartões de crédito?



VISA cobra 10,40 % ao mês
CREDICARD cobra 11,40 % ao Mês.
Em contrapartida a POUPANÇA oferece 0,62 % ao mês.
Vc acha que devemos fazer Campanha pela Reforma Tributária e Financeira no Brasil?
O que pensa disso?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Kit Gay, apenas uma cartilha?

A polêmica mais importante dos últimos tempos está em pauta, a inserção da idelogia Gay nas escolas.

Nesse vídeo abaixo, há várias questões a responder para nós mesmos:
- O kit gay tem fundamento?
- A mídia está realmente preocupada com a sociedade, ou está inserindo novos valores nas próximas gerações (que breve serão adultos)?
- Porque o foco está nas crianças? Porque ainda não tem caratér próprio, a consciência definida e suas crenças ainda estão sendo formadas?
- Porque existe cartilha gay e não tem cartilha do negro?
- Porque a mídia (Rede Globo) preocupa-se com a causa gay e não se preocupa com a causa do negro que é o mais discriminado neste país?
- Porque há incentivos para a parada gay (repercussão midiática)e nem existe parada dos direitos do negro por exemplo?
- Porque nossa educação, nossas escolas estão virando um centro de domínio ideológico, e nos lugar de aprender matemática, português, história, enviamos nossas crianças para aprender conceitos ideológicos que são contra a fé judaico-cristã, a filosofia grega e o direito comum?
- Porque os políticos da Camara Federal e Senado (Legislativo) nada fazem a respeito? Os filhos deles estudarão em escola pública? Porque estão preocupados com interesses de uma classe, quando fingem não ver e atuar contra as mazelas da sociedade, quando há tantos passando fome, sem educação, sem saúde, sem perspectiva de vida, realmente excluídos?
- São apenas perguntas que cada um deve responder. O que vc acha? O que pensa sobre tudo isso? Veja o vídeo abaixo e responda pra si mesmo.

CLIQUE NO LINK ABAIXO:
http://www.youtube.com/watch?v=Wq300dD-6PM